Interdição de passarela em Mauá já dura 40 dias e gera críticas na cidade
Além de moradores que reclamam do transtorno que enfrentam, políticos de oposição também se manifestaram nas redes sociais pela demora na manutenção do espaço
Além de moradores que reclamam do transtorno que enfrentam, políticos de oposição também se manifestaram nas redes sociais pela demora na manutenção do espaço
Moradores de Mauá criticam a demora no período da interdição da passarela central que liga a Avenida João Ramalho com a rua Rio Branco, pois já fazem cerca de 40 dias que o local é intransitável. O piso do local cedeu por conta do fluxo de pedestres no dia do show do cantor Péricles, ocorrido em 23 de junho.
“É vergonhoso o que estamos vivenciando! No momento, o único acesso que temos para acessar o centro da cidade é o viaduto que não está preparado para receber o grande fluxo de pedestres, a passagem é estreita e perigosa, as pessoas circulam em fila indiana, não há sinalização e os agentes de trânsito precisam orientar pedestres e motoristas, 24 horas por dia! Tanto no acesso da Av. João Ramalho, como no final do percurso que é acesso dos coletivos do terminal rodoviário, muito perigoso, um verdadeiro caos! E será mesmo que os agentes permanecem por todo esse período? Aliás, as obras do terminal rodoviário, estão muito longe de terminar, acho que pelo andar da carruagem, carruagem de verdade, vai precisar de umas quatro gestões para ficar pronto”, afirmou S.L, moradora do Jardim Sônia Maria.
Ela lembra que a passarela Central foi projetada há muitos anos e antigamente tinha até escadas rolantes. “Era um equipamento moderno para a época, porém devido a falta de manutenção que vem ocorrendo em todas as gestões, houve a necessidade de ser retirada. E há tempos que nos deparamos com a falta de zeladoria em um dos principais equipamentos públicos de nossa cidade, desde a limpeza, manutenção da iluminação, das grades de proteção, até chegar na grave situação de abalo das estruturas, chegando ao ponto de ser interditada. Um verdadeiro estado de calamidade”, completou a munícipe.
I.D, outra moradora, disse que antes da interdição usava a passarela todos os dias e que tem afetado sua rotina. “Eu usava diariamente a passarela. Meu trajeto ficou bem maior. O viaduto onde estamos passando é estreito, não é sempre que tem o pessoal do trânsito ajudando a atravessar. E ainda tem vezes de pedestre e bicicleta passarem naquele corredor estreito. O pior de tudo é que a gente não observa ninguém arrumando a passarela”, lamentou.
O munícipe Alexandre Vieira também criticou o longo período de interdição e alertou para outra passarela no centro da cidade que passa por problemas. “A passarela da Vila Magini, que liga o shopping à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Magini também está em péssimas condições e logo logo também ficará sem condições de uso”, afirmou.
Oposição
Dois opositores ao governo de Marcelo Oliveira (PT) também usaram as redes sociais para criticar a demora nos reparos da passarela. “A passarela já virou novela. São 40 dias sem a administração bater um prego. Além disso, não deu satisfação. As pessoas estão correndo risco no viaduto e perdendo tempo, mais de meia hora para fazer o trajeto”, disse o ex-prefeito Atila Jacomussi, hoje deputado estadual.
O vereador Sargento Simões também tratou do assunto em suas rede sociais. “A passarela central de Mauá permanece cruelmente interditada por mais de 30 dias. O descaso do governo municipal é inadmissível. A população sofre, se desloca em meio a sol e chuva, por mais de 2 KM enquanto o desgoverno do PT parece ignorar o clamor por soluções. É hora de agir, de priorizar o bem-estar dos cidadãos, de reivindicar o direito a uma infraestrutura segura e funcional. Chega de esperar, exigimos ação imediata para restabelecer o acesso e garantir nossa dignidade”, afirmou o parlamentar .
Entenda o caso
O piso da passarela central que liga a Avenida João Ramalho com a rua Rio Branco, em Mauá, cedeu por conta do fluxo de pedestres no dia do show do cantor Péricles, em 23 de junho.
A falta de manutenção já foi objeto de nove requerimentos de 14 de setembro de 2021 a 6 de junho de 2023, conforme levantamento feito pelo ABCD Jornal.
Oito parlamentares já solicitaram manutenção na cobertura, pois faltam telhas. Além disso, a estrutura metálica está enferrujada, a iluminação também é precária e algumas telas estão danificadas. A resposta do governo é sempre no sentido de que faltam recursos.
O ABCD Jornal procurou a Prefeitura na útlima sexta-feira (28/07), mas até o fechamento dessa reportagem não deu retorno.