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Hospital Municipal de Sto.André vive sábado de superlotação e atendimento demorado

Parentes e amigos de pessoas internadas reclamam que falta de funcionários provoca problemas  no atendimento e prejudica visitas; Prefeitura rebate e afirma que mutirão de cirurgias aumentou fluxo do dia

  • Parentes e amigos de pessoas internadas reclamam que falta de funcionários provoca problemas  no atendimento e prejudica visitas; Prefeitura rebate e afirma que mutirão de cirurgias aumentou fluxo do dia.
    Foto: Divulgação
  • Por: Juliana Finardi
  • Publicado em: 17/03/2024
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Parentes e amigos de pessoas internadas reclamam que falta de funcionários provoca problemas  no atendimento e prejudica visitas; Prefeitura rebate e afirma que mutirão de cirurgias aumentou fluxo do dia

Parentes e amigos de pessoas internadas

Parentes e amigos de pessoas internadas reclamam que falta de funcionários provoca problemas  no atendimento e prejudica visitas; Prefeitura rebate e afirma que mutirão de cirurgias aumentou fluxo do dia. Foto: Divulgação

Um saguão superlotado, com calor excessivo e demora no atendimento. Foi esse o cenário presenciado por quem esteve neste sábado (16/03) no CHM (Centro Hospitalar Municipal de Santo André). A principal queixa foi o tempo de espera para os visitantes que pretendiam encontrar amigos e familiares internados, mas não conseguiram porque o tempo da visita acabou antes de serem chamados.

“Viemos fazer uma vistoria porque recebemos a reclamação de que funcionários foram demitidos. O quadro de servidores está pequeno e as pessoas não conseguiram visitar adequadamente seus parentes. Passou o tempo da visita, foi um entra e sai e a reclamação foi essa: que por falta de funcionários, o tempo foi muito curto. Estamos fazendo um apelo para que o secretário de Saúde (Gilvan Júnior) tome uma providência e verifique essa questão dos funcionários do hospital para que seja garantido o tempo de visita”, disse o vereador oposicionista Ricardo Alvarez, que esteve no hospital neste sábado e gravou vídeos que foram divulgados em suas redes sociais.

Foi na publicação do vereador no Instagram que um dos visitantes comentou o ocorrido deste fim de semana. “Sou visitante de um paciente do CHM, estive hoje (sábado) nesta unidade e estava um caos, muita gente reclamando ao meu lado que estavam há horas aguardando para entrar. Eu mesma fui uma das visitantes que presenciou o ocorrido”, disse.

Além da demora no atendimento e do calor, também há denúncias de sobrecarga de trabalho entre os funcionários. “Está muito difícil. Meu sogro tem ido algumas vezes e a demora no atendimento é enorme! Poucos médicos e enfermeiros que, apesar da boa vontade, estão sobrecarregados. Os quartos de quem está internado são muito quentes e os banheiros dos quartos estão numa situação precária”, disse um dos comentaristas do vídeo de Alvarez.

Uma situação precária com a falta de funcionários foi exposta por uma moça que esteve com a mãe internada por 68 dias. “Minha mãe ficou internada todo esse tempo no hospital e somente quem está aí dentro sabe da situação. Faltam funcionários na enfermagem e na limpeza. Não trocam camisola, e às vezes, nem roupa de cama. Quartos extremamente quentes e banheiros em situação precária. Só deram uma maquiada na fachada do hospital, mas a situação é precária.”

Ainda na publicação de Alvarez, o médico Victor Chiavegato, superintendente de Atenção Hospitalar de Santo André, disse que não houve nenhum problema na recepção e visitas durante o sábado. “Fizemos 40 cirurgias eletivas de vasectomia e os familiares ficam aguardando a alta na recepção. Estou à disposição para maiores esclarecimentos”, escreve o médico.

Por meio de nota ao ABCD Jornal, a Prefeitura informou, através da Secretaria de Saúde, que não houve diminuição no quadro de funcionários. “Neste sábado (16) foi realizado mutirão de cirurgias no CHMSA, onde 40 cirurgias foram feitas durante todo o dia por meio do programa Saúde Fila Zero. O Saúde Fila Zero vai realizar ainda, neste domingo (17), mais uma força-tarefa no Centro Médico de Especialidades Apeninos (CHMSA) de consultas de cirurgia geral onde 10 médicos vão atender a população, além de equipe completa de enfermagem e funcionários administrativos.”