O Grupo CCR disse ao MP (Ministério Público) que doou em 2012 à campanha eleitoral do então prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), R$ 60 mil por meio de caixa 2. A afirmação foi feita por meio de um acordo de leniência. Outros políticos citados foram Geraldo Alckmin (PSDB), José Serra (PSDB), Gilberto Kassab (PSD), Marta Suplicy (sem partido), Aloizio Mercadante (PT), Campos Machado, Emidio de Souza (PT), Antonio Mentor (PT) e Edson Aparecido (PSDB). Todos citados negam as irregularidades.
De acordo com o Ministério Público, a apuração dos fatos começou com a delação premiada de Adir Assad, acusado de ser operador financeiro. Ele também aparece em investigações da Lava Jato. Foi Assad que apresentou ao MP a lista com as doações.
Posteriormente, a empresa CCR confessou ter contribuído com caixa dois de campanhas de políticos no Estado de São Paulo. O grupo informou ter dado R$ 60 mil a Marinho com a ajuda de Assad por meio da aquisição de convites para um jantar realizado pelo petista para arrecadar fundos durante o pleito de 2012, no qual Marinho garantiu a reeleição.
A reportagem do ABCD Jornal procurou Luiz Marinho por meio da Assessoria e foi emitida uma nota oficial negando qualquer tipo de irregularidade. “Todos os valores recebidos pela campanha do ex-prefeito Luiz Marinho constam das prestações de contas, todas devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, informou.
Acordo de leniência
Para prestar todas as informações, o Grupo CCR assinou documento em que assumiu o compromisso de pagamento de uma multa no valor de R$ 81,5 milhões aos cofres públicos, além de apresentar documentos que comprovem a denúncia. O montante se refere a uma suposta reparação e danos morais coletivos. Serão duas duas parcelas, sendo uma em março do ano que vem e outra em 2020. A CCR gerencia algumas rodovias, entre elas a dos Bandeirantes, a Via Dutra e o Trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas.
Pela denúncia, a o esquema envolvia a contratação do escritório de promoção de eventos de Assad, sendo que uma parte da verba voltava aos cofres de diretores do grupo, responsável por repassar recursos a intermediários de políticos. A empresa informou ao MP que esse esquema teria durado de 2009 a 2013.
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