Governador garante que não irá alterar isenções de alimentos e de remédios
Projeto de ajuste fiscal na Alesp prevê redução de benefícios fiscais que não atingirá os setores
Projeto de ajuste fiscal na Alesp prevê redução de benefícios fiscais que não atingirá os setores
O Governador João Doria anunciou nesta segunda-feira (05/10), que não vai alterar as isenções e alíquotas de ICMS dos produtos que fazem parte das cestas básicas de alimentos e de remédios. O projeto de lei 529/2020, que atualmente tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo, prevê a redução linear de 20% de todos os benefícios fiscais relacionados a este imposto, mas o governador garantiu que a medida não será aplicada sobre esses itens.
“Não faremos aumento de imposto em São Paulo. Não fizemos, não estamos fazendo e não faremos. Não haverá nenhuma alteração nas alíquotas de isenção nos produtos que compõem a cesta básica de alimentos e a cesta básica de medicamentos no estado de São Paulo”, disse Doria.
As medidas contemplam três eixos. O primeiro deles é o enxugamento da estrutura administrativa, com a extinção de empresas, autarquias e fundações estaduais (EMTU, CDHU, Sucen, Imesc, Daesp, Itesp, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Fosp e Furp), fusão do Instituto Florestal com os institutos de Botânica e Geológico e um plano de demissão voluntária de funcionários celetistas que foram contratados até 1983.
“É um processo necessário para recompormos o equilíbrio fiscal do estado de São Paulo. A modernização administrativa vai enxugar o tamanho do estado, como é a proposta de um governo liberal como o nosso, para garantir o equilíbrio fiscal e novos investimentos em Saúde, Educação, Segurança Pública e proteção social”, afirmou o governador.
O segundo eixo é a realocação de recursos superavitários dos fundos de órgãos estaduais para garantir o pagamento de salários, fornecedores, aposentadorias e demais custeios.
Por fim, o último eixo é a melhoria da administração tributária, com a redução de 20% de todos os benefícios fiscais concedidos a setores da economia. Atualmente, o Governo deixa de arrecadar R$ 40 bilhões ao ano com as isenções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“A redução de alguns benefícios tributários, sem nenhum aumento de imposto, será feita por critério e apenas pelo prazo de 24 meses, de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2022”, explicou Doria.