Governador de SP é contra gratuidade no transporte público

“Não faz sentido”, argumentou Tarcísio de Freitas; Entenda a proposta de tarifa zero no transporte público

‘Sou absolutamente contra. Não faz sentido e não vamos embarcar’, afirmou Tarcísio. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua oposição à proposta de tarifa zero no transporte público, uma ideia estudada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Durante uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio destacou a falta de viabilidade da proposta, que visa eliminar as tarifas do Metrô e da CPTM, seguindo o plano do prefeito para os ônibus municipais.

Viabilidade da proposta foi questionada pelo governador de SP

Tarcísio questionou a sustentabilidade financeira da iniciativa, enfatizando a necessidade de desviar fundos de outras políticas públicas para suportar o sistema de transporte gratuito. “Sou absolutamente contra. Não vejo viabilidade em um sistema com 8,3 milhões de passageiros operando sem tarifa. A estrutura de custos é completamente diferente. Ninguém apresentou a conta real do subsídio necessário”, argumentou o governador.

Proposta do prefeito para gratuidade do transporte público

Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes planeja implementar a gratuidade nos ônibus municipais aos domingos ou à noite, começando em dezembro. O objetivo é impulsionar a economia da cidade durante o período festivo e avaliar a possibilidade de estender a tarifa zero também aos dias úteis.

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“Estamos considerando iniciar o processo para avaliar o impacto econômico da tarifa zero. A ideia é começar com transporte gratuito aos domingos ou no período noturno”, explicou Nunes.

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Custo e impacto orçamentário

O prefeito de São Paulo discutiu a alocação de um orçamento adicional de R$ 400 a R$ 500 milhões para cobrir a nova gratuidade, além dos R$ 5,1 bilhões já previstos para subsídios às empresas de ônibus da cidade em 2024.

“Estou em conversas com o relator do orçamento municipal para definir essa questão. O custo anual da gratuidade aos domingos e à noite seria em torno de R$ 400 a R$ 500 milhões”, afirmou Nunes.

Subsídios e sustentabilidade

Em 2023, a prefeitura de São Paulo já destinou um recorde de R$ 5,3 bilhões em subsídios às empresas de ônibus, o maior valor na história da cidade. “O aumento do subsídio é para manter a tarifa em R$ 4,40. Sem ele, a tarifa seria cerca de R$ 8,00. Estamos tentando atrair mais passageiros para o transporte coletivo e desencorajar o uso de transporte individual”, disse Nunes.

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Redação

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