O candidato tucano à Prefeitura de Santo André, Gilvan Júnior, tem um passado de esquerda que veio à tona durante esta semana, a poucos dias do lançamento oficial de sua campanha. É que em uma foto que circulou pelas redes sociais neste período, ele aparece posando com um aliado político em frente a um banner do PC do B (Partido Comunista do Brasil).
Gilvan foi filiado ao partido durante seis anos, de 2013 a 2019. Nos anos seguintes, passou pelo PSD, Novo e, finalmente, PSDB. Os partidos de esquerda são alvos constantes de críticas do prefeito Paulinho Serra, que pretende fazer de Gilvan seu sucessor no comando do Executivo andreense.
Sobre a foto nas redes sociais, Gilvan declarou ao ABCD Jornal, por meio de nota, que sempre teve uma atuação pautada pela democracia. “Essa foto já tem mais de 10 anos, quando não tinha engajamento político tampouco apoiava qualquer candidatura, nem mesmo conhecia o prefeito Paulo Serra, o que aconteceu em 2015. De lá para cá, tivemos um alinhamento político e de ideias e por isso surgiu o convite para eu participar do governo dele desde o início, passando por diversos cargos estratégicos como Secretário de Planejamento e Licenciamento, Diretor de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Diretor de Controle Urbano, Secretário Adjunto de Desenvolvimento e Geração de Emprego, além de ter sido superintendente do Semasa, Secretário de Saúde e Secretário de Ações Governamentais”, diz a nota, que também acrescenta: “Jamais exclui do diálogo pessoas ou partidos que pensem diferentes de mim, muito pelo contrário, acredito que o debate de ideias é sempre muito importante.”
Já o padrinho político tucano foi vereador pelo PFL, passando pelo DEM, PSD e, final e atualmente, PSDB. Paulo Serra foi vereador de Santo André por dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2012, sendo eleito, no primeiro mandato pelo PFL até deixar o partido em favor do PSDB em 2007.
Deixou o seu partido em 2012, que não apoiou a candidatura a prefeito. Filiou-se ao PSD e apoiou o candidato petista à prefeitura, Carlos Grana, pelo qual foi nomeado secretário municipal de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, cargo que ocupou até 2015, quando saiu do governo e retornou ao PSDB para ser candidato à prefeitura em 2016, quando derrotou o prefeito do PT que buscava a reeleição.
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