GCM de São Bernardo desocupa terreno invadido por 200 famílias
Fato aconteceu na madrugada deste sábado na rua Padre Leo Comissari
Fato aconteceu na madrugada deste sábado na rua Padre Leo Comissari
A GCM (Guarda Civil Municipal) impediu, na madrugada deste sábado (21/11), tentativa de invasão e ocupação irregular em terreno particular localizado na Rua Padre Leo Comissari, no Jardim Silvina. Dois ônibus e um caminhão carregado de lonas e toras de madeira se instalaram no terreno por volta das 3h30, com intuito de iniciar a ocupação.
Equipes de diversas inspetorias da guarda se deslocaram ao terreno e deram prazo para que os invasores se retirassem do local, o que não foi respeitado. Com apoio da Romu, os guardas iniciaram formação de linha para incursão e remoção dos indivíduos, que recuaram e deram início à remoção dos materiais e ao processo de retirada. “Em momento algum da intervenção houve uso da força. Após a saída, equipes da Romu permaneceram no local para evitar novas invasões”, informou a Prefeitura.
De acordo com a secretaria de Obras, o terreno pertence à Junta de Assistência Social Islâmica Brasileira, com pedido recente de autorização para construção de muros no entorno. “Não foram encontradas irregularidades, ou dívidas dos proprietários, junto à Administração”, informou a administração municipal.
De acordo com o Paço, a limpeza urbana e coleta seletiva é feita de forma regular no entorno, por meio da secretaria de Serviços Urbanos. “Apesar disso, e do trabalho de fiscalização e conscientização, o espaço tornou-se um ponto viciado de descarte irregular de lixo. A população do entorno não construiu na conservação da limpeza local”, completou.
O MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) informou que as 200 famílias eram de diversos bairros pobres e alegam que o terreno “está abandonado” na cidade. “O espaço vazio gerava perigo e insegurança à população que se deslocava pelos arredores, servia como descarte de lixo e descumpria o Estatuto da Cidade da Constituição Federal no que diz respeito à função social da propriedade”, afirmou por meio de nota. “Mesmo a cidade tendo um déficit habitacional de 92 mil sem tetos, os terrenos e prédios que hoje não cumprem função social não podem ser utilizados como moradia”, completou nota do Movimento que criticou a ação da GCM pela desocupação.