Galpão em processo de desocupação pela CDHU desaba em São Bernardo
Até o momento, mais de 450 famílias foram retiradas e a desocupação ia ser concluída até o fim de outubro com a remoção de mais 10 famílias
Até o momento, mais de 450 famílias foram retiradas e a desocupação ia ser concluída até o fim de outubro com a remoção de mais 10 famílias
Nesta quarta-feira (18/09), um galpão desabou na Estrada Particular Eiji Kikuti, número 309, no bairro Cooperativa, em São Bernardo do Campo. Cinco equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e, segundo as autoridades, não houve vítimas. A Defesa Civil está no local e a área foi completamente isolada para evitar novos desabamentos.
O galpão faz parte de uma área que está em processo de desocupação pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O local abriga moradias irregulares e, segundo a CDHU, oferece risco elevado aos moradores. Até o momento, mais de 450 famílias foram retiradas e a desocupação ia ser concluída até o fim de outubro com mais 10 famílias. Conforme as casas são liberadas, a CDHU tem feito a demolição dos imóveis.
O galpão desabado já estava ocupado por várias famílias há anos. A CDHU tem um projeto para realocar esses moradores dentro do programa habitacional Casa Paulista, que prevê a construção de 600 apartamentos na área, com prazo de conclusão de três anos. Enquanto isso, as famílias removidas recebem um auxílio-aluguel de R$ 600.
No entanto, a desocupação tem gerado situações de insegurança. No dia 12 de setembro, um incêndio em uma das moradias da área resultou na morte de um homem que tentava consertar fios de energia, um dos riscos decorrentes da demolição das casas.
As causas do desabamento do galpão ainda estão sendo investigadas, mas a região já era classificada como de alto risco pelas autoridades.
A Prefeitura de São Bernardo informou que a Defesa Civil foi acionada para atender ocorrência sem vítimas de desabamento de parte do teto de galpão na Estrada Particular Eiji Kikuti na tarde desta quarta-feira (18/9). “O local, que já estava em processo de desocupação pelas famílias em ação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) com apoio da Prefeitura, foi interditado pela Defesa Civil. As cerca de 10 famílias que ainda estavam na área foram encaminhadas para atendimento social. Vale lembrar que as famílias que desocuparam a área invadida foram contempladas com atendimento habitacional pela Prefeitura e CDHU”, afirmou a Prefeitura.
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Auxílio Moradia
Após o desabamento de galpão onde moravam famílias de São Bernardo, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) afirmou que o local está em processo de desocupação desde agosto, mas as famílias precisam encontrar um imóvel. Um auxílio moradia será pago no valor de R$ 600.
“A CDHU informar que a retirada das famílias que moravam no Galpão Eiji Kikuti, que tem sido realizada de maneira célere pela Companhia, é importante para evitar que ocorrências como a de hoje coloquem em risco a integridade física dos cidadãos. Atualmente, mais de 550 das 600 famílias que moravam no local já foram retiradas e estão, hoje, em segurança. Quanto ao acidente, ocorreu o desabamento de um teto em área já desocupada e nenhuma pessoa foi atingida”.
Segundo o órgão, o atendimento habitacional definitivo será realizado via Carta de Crédito Associativo (CCA) em dois empreendimentos, sendo que metade das famílias já assinou contrato. A demolição das estruturas assim que as famílias são removidas é fundamental para evitar a entrada de novos ocupantes, o que perpetuaria a situação. Trata-se de uma área com alto risco de incêndio e desabamento.
“Desta forma, durante o período de construção, a Companhia, juntamente com a prefeitura de São Bernardo do Campo, irá ofertar auxílio moradia de R$ 600. No primeiro mês, para custear o valor do caução, as famílias receberam R$ 900. Para apoiar as mudanças, foram disponibilizados também caminhões, carregadores, além de equipes de assistência social, educação e saúde do município”.
De acordo com a CDHU, cabe, no entanto, a cada família, encontrar um novo local para morar provisoriamente, de acordo com suas necessidades, até que os apartamentos definitivos estejam prontos. Essa etapa faz parte do processo de desocupação e mudança, considerando que se trata de um grupo grande de famílias.