O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com a Polícia Civil deflagaram na manhã desta segunda-feira (15/06) uma operação que apura supostas irregularidades na contratação de empresa para a construção e gerenciamento do hospital de campanha de Mauá. O equipamento de saúde atende pacientes com Covid-19 e é administrado por uma OS (Organização Social).
De acordo com as primeiras informações, policiais e promotores cumpriram mandados de busca e apreensão no apartamento do prefeito Atila Jacomussi e também na Prefeitura de Mauá (gabinete e secretaria de Saúde).
Na casa de Atila foram apreendidos dois celulares, um iPad, documentos e um notebook. O secretário de Saúde de Mauá, Luís Carlos Casarin, também é alvo da investigação.
A contratação emergencial da OS Atlantic Transparência e Apoio à Saúde Pública para a gestão e operação do hospital de campanha construído é o principal alvo das investigações. O valor do contrato por três meses é de R$ 3,3 milhões e os promotores apuram se houve superfaturamento.
O Gaeco investiga se a OS Atlantic e a OS Ocean Serviços Médicos Ltda são a mesma empresa, pois funcionam no mesmo endereço. A Ocean também é alvo de investigação na cidade Jandira, onde também foi construído um hospital de campanha.
A prefeitura foi procurada e emitiu uma nota oficial. O governo de Atila se diz indignado com a operação.
“Recebemos com indignação a notícia da ação do Ministério Público na Prefeitura de Mauá. O processo, que deu origem a mesma, foi remetido ao MP em sua integralidade, todas as informações foram esclarecidas e há conversas diárias por vídeoconferência com os promotores. Entendemos como excessiva e desnecessária a iniciativa do Ministério Público. Estamos tranquilos em relação ao desenrolar dos fatos e certos de que demonstraremos, nos autos, a lisura de todo o processo. Salientamos que Mauá está na vanguarda do combate ao Coronavírus, notoriamente com ações eficientes e reconhecidas pela população e pela imprensa”, finalizou a administração.
A Procuradoria-Geral de Justiça, com o apoio do Gaeco e da Polícia Civil, deflagrou nesta segunda-feira (15/06) operação para cumprimentos de mandados de busca e apreensão em quatro cidades (capital, Barueri, Jundiaí e Mauá), diante de indícios de crimes previstos na lei de licitações, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros.
O que diz a Promotoria
De acordo com nota divulgada pelo MP, as investigações apontam ilegalidades na contratação emergencial pelo município de Mauá da organização social Atlantic – Transparência e Apoio à Saúde Pública para a gestão e operacionalização do hospital de campanha construído naquela cidade por conta da covid-19.
Segundo a Promotoria, a Atlantic ao tempo da contratação tinha seu quadro diretor e administrativo interpostas pessoas desvinculadas da área da saúde.
“São alvos da operação o prefeito Atila Cesar Monteiro Jacomussi, o secretário de saúde Luís Carlos Casarin, além de Gilberto Alves Pontes Belo e Jéssica Alves Pontes Belo. As buscas ocorreram também nos gabinetes do prefeito e do secretário da saúde, e no setor de licitações do município de Mauá”, informou nota do MP.
Daniel Bialski que representa o prefeito Átila Jacomussi, de Mauá, também emitiu uma nota e afirmou que, em sua opinião, o prefeito está sendo perseguido.
Leia a nota da defesa
“Infelizmente, o prefeito vem sendo perseguido e nada obstante a lisura com que atua à frente da prefeitura, em especial nessa época, procede-se uma verdadeira caça às bruxas, mesmo sem investigação prévia ou algo palpável para legitimar essa ação. Todas as contratações observaram critérios técnicos e preço, tanto que o hospital de Mauá é uma referência no Brasil, atendendo 24 horas por dia. O prefeito informou que o preço por leito é um dos menores, senão o menor construído e a cidade teve número reduzido de óbitos. As compras e atos estão no portal da transparência e o prefeito prestou esclarecimentos e enviou todos documentos sempre que lhe foi solicitado. A empresa que acabou contratada prestou o serviço com excelência e não há qualquer indício de irregularidade ou ilicitude. A defesa irá pedir vista dos autos e estudar as medidas que serão tomadas para elidir essa busca, que considera desnecessária e até excessiva”.
Principal objetivo da mudança é garantir a segurança jurídica da corporação, além da valorização dos…
Entre os destaques do 71º aniversário da cidade está entrega da primeira Clínica Terapêutica de…
No momento da abordagem, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos pelos policiais; com eles,…
Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado com o suspeito, mas a consulta veicular revelou…
Ecovias reforçou que colabora com a PM Rodoviária e investiu na ampliação do sistema de…
Tráfego ficou lento do km 40 ao 49 do Rodoanel e causou transtornos ,principalmente nessa…