Funcionários demitidos da Volkswagen farão manifestação nesta segunda
Ato ocorrerá na frente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo; trabalhadores reivindicam reintegração
Ato ocorrerá na frente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo; trabalhadores reivindicam reintegração
Funcionários demitidos nos últimos 15 dias pela montadora Volkswagen, na fábrica de São Bernardo, farão uma manifestação nesta segunda-feira (20/03), na frente dos Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Eles querem o apoio da entidade sindical para conseguirem a reintegração na empresa.
“Muitos que foram demitidos têm problemas de lesão, doenças ocupacionais. Eu mesmo tenho meus dois ombros lesionados. Não temos ao certo quantos foram demitidos. No meu turno foram 80, mas calculamos uns 200 no geral. A maioria tem problemas de lesão e, portanto, dificilmente serão contratados por outras empresas por conta disso”, afirmou um demitido que preferiu não se identificar.
Segundo ele, o ato será pacífico. “Não queremos briga, só queremos apoio do sindicato. Faz 15 dias que aconteceram as demissões e precisamos de uma resposta, de uma ajuda. Temos um acordo coletivo que até 2025. Ninguém poderia ser demitido da Volksgagen. Tivemos nosso PLR (Participação no Lucro da Empresa) e nossos salários congelados”, afirmou o demitido.
Os funcionários demitidos também querem saber como o sindicato conseguiu reverter a demissão pelo menos uma das demissões ocorrida em 7 de março. Um áudio dessa pessoa circula nas redes sociais dizendo que o nome foi retirado depois de uma suposta movimentação de uma comissão do sindicato. “Não pode tratar de forma individual. O sindicato tem de agir de forma coletiva e ajudar todos nós que fomos demitidos”, disse um deles.
O ato está marcado para às 9h, na frente da sede do Sindicato que fica na rua João Basso, 231, no Centro.
O ABCD Jornal entrou em contato com o Sindicato, que emitiu uma nota.
Leia:
“Seriam 83 trabalhadores desligados. A empresa alega absenteísmo e que não estariam cobertos pelo acordo por isso. O Sindicato não concorda com essa posição da empresa e está acompanhando caso a caso desde o início dos desligamentos. O sindicato tem discutido os casos com a empresa para reverter a situação”.