Wilson Modesto Pollara, que elaborou propostas para área de saúde do plano de Governo de Palacio, foi detido por associação criminosa
Wilson Modesto Pollara, ex-coordenador do Plano de Governo na área de Saúde do ex-candidato a prefeito de São Caetano Fábio Palácio (Podemos), foi detido nesta terça-feira (27/11) em uma operação do Ministério Público de Goiás que investiga supostos crimes de pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.
O secretário executivo de Saúde e o diretor financeiro da Secretaria de Saúde também foram detidos durante a Operação Comorbidade. As ordens judiciais foram cumpridas no prédio da Secretaria de Saúde de Goiânia, nas casas dos envolvidos e de um empresário que presta serviços à Pasta.
Segundo o Ministério Público, foram localizados R$ 20 mil em dinheiro em posse de um dos investigados. Pela determinação judicial, houve o afastamento cautelar e, em seguida, a suspensão do exercício das funções dos três agentes públicos suspeitos.
De acordo com as investigações, houve concessão de vantagens em contratos, que supostamente causaram prejuízos à administração pública. O Ministério Público informou ter havido pagamentos irregulares.
A Prefeitura de Goiânia emitiu nota oficial
Veja:
“A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade.
A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos. A Prefeitura reforça que tomará todas as medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações”.
Eleições
O médico Wilson Pollara integrou neste ano o grupo responsável pela elaboração do plano de governo do ex-candidato a prefeito de São Caetano Fabio Palacio. Na época da pré-campanha (julho), ele chegou a ser afastado do cargo de secretário de Saúde de Goiânia, pois o Tribunal de Contas de Goiás apura suspeita de suposta má-fé relacionada a contratações de novos funcionários, ambulâncias e um sistema web para o Samu local. A Secretaria faria as contratações sem licitação, justificando-as como emergenciais para o enfrentamento da epidemia de dengue.
Homem forte no governo do ex-prefeito João Doria, no qual também era secretário de Saúde, Pollara deixou o cargo para coordenar o programa da área da campanha eleitoral do tucano ao governo paulista. Ele também trabalhou como secretário-adjunto da Saúde do Estado de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin.