A falta de saneamento básico, principalmente da oferta de água tratada e da coleta e tratamento de esgoto, afeta a população brasileira prejudicando a saúde, o desempenho escolar e no trabalho e o desenvolvimento regional como um todo. Entretanto, o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, revela que o acesso ao saneamento tiraria imediatamente 635 mil mulheres da pobreza, a maior parte delas negras e jovens.
A pesquisa também demonstra como a mulher é mais afetada em sua renda, educação, saúde e qualidade de vida. Realizada pela BRK Ambiental, em parceria com o Instituto Trata Brasil e apoio do Pacto Global, a pesquisa utiliza dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos Ministérios da Saúde, Educação e Cidades (pesquisa completa em www.mulheresesaneamento.com). A curadoria dos dados e as análises foram feitas pela consultoria econômica Ex Ante.
Teresa Vernaglia, presidente da BRK Ambiental, destaca que a pesquisa mostra a dupla jornada praticada pela maior parte das mulheres no Brasil e o peso que a falta de saneamento tem nessa rotina. “No Brasil é a mulher que cuida dos afazeres domésticos. É ela quem cozinha e é quem se ausenta do trabalho para levar o filho no posto de saúde. Portanto, a falta de saneamento afeta diretamente a sua vida em diversas esferas, com impactos inclusive na sua mobilidade socioeconômica. São informações impactantes dada a importância da autonomia financeira para a igualdade de gênero e para o empoderamento da mulher, previstos no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 da Agenda 2030 da ONU”, afirma. “Parte da transformação dessa realidade depende de investimentos e do compromisso das empresas com a universalização de água e esgoto”, completa Teresa.
A falta destes investimentos traz grandes consequências para a vida da mulher brasileira. Na idade escolar, as meninas sem acesso a banheiro têm desempenho estudantil pior, com 46 pontos a menos em média no ENEM quando comparadas à média dos estudantes brasileiros. O saneamento impacta ainda no ingresso ao mercado de trabalho, uma vez que o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto poderia reduzir em até 10% o atraso escolar da estudante. Outro dado impactante aponta que 1,5 milhão de mulheres não tem banheiro em casa e que essas brasileiras têm renda 73,5% menor em comparação às trabalhadoras com banheiro em casa.
Os números também mostram que a falta de acesso aos serviços de coleta e tratamento de esgoto é uma das principais causas de incidência de doenças diarreicas, que levam as mulheres a se afastarem 3,5 dias por ano, em média, de suas atividades rotineiras. O afastamento por esses problemas de saúde afeta principalmente o tempo destinado a descanso, lazer e atividades pessoais. Meninas de até 14 anos são as maiores vítimas desse quadro, com índice de afastamento por diarreia 76% maior que a média em outras idades (132,5 casos de afastamento por mil mulheres contra 76). Já no caso da mortalidade, o déficit de saneamento é mais perigoso para a mulher idosa, que corresponderam a 73,7% das mortes entre as mulheres sem acesso ao saneamento.
Mauá
O município de Mauá, localizado na região metropolitana de São Paulo aparece como um importante contraste nesse cenário que retrata a falta de oferecimento de condições básicas. Com o início de operação da Estação de Tratamento de Esgoto ocorrido em 2015 e a ampliação do Sistema Público de Esgotamento Sanitário de Mauá, a população da cidade passou a ter suporte diário de uma rede de esgoto responsável por coletar e afastar os efluentes gerados nas residências, escolas e comércios por meio de tubulações e transportar este material para o efetivo tratamento.
Hoje a cidade de Mauá se destaca como uma das cidades que mais avançou nos últimos anos, com 93% de coleta e 70% de tratamento de esgoto, o que coloca a cidade no rol dos poucos municípios brasileiros que conseguiram superar a falta de investimentos para o setor.
Com o avanço dos índices de coleta e tratamento de esgoto, o município de Mauá conta moderna estação de tratamento onde diariamente, mais de 50.000.000 de litros de esgoto são tratados antes de serem destinados novamente ao leito do Rio Tamanduateí.
Destaques da pesquisa
Veja abaixo dados da pesquisa que mostram, em diferentes aspectos, a situação da mulher brasileira e qual o impacto do saneamento básico e, principalmente, da falta dele em sua vida. Para saber mais sobre o assunto acesse www.mulheresesaneamento.com.br.
Viaduto viabiliza via expressa ao tráfego no sentido São Caetano da Avenida dos Estados
Comemoração de Patacori Ogum foi instituída por lei municipal e faz parte do Circuito Religioso…
A final do torneio foi disputada entre duas equipes da cidade; Torneio segue até amanhã…
Ocorrência foi registrada como homicídio culposo na direção de veículo automotor e fato está sendo…
Interessados nas vagas de emprego devem comparecer à Casa do Trabalhador, na rua Jundiaí, 63
PAT de Ribeirão Pires atua nas dependências do Atende Fácil, localizado na Rua Capitão José…