Mais uma mãe entrou em contato com o nosso canal para relatar que registrou um boletim de ocorrência após sua filha sofrer bullying e agressões na Escola Estadual João Ramalho, em São Bernardo do Campo. A estudante é Sarará, uma pessoa que é branca, mas que têm traços afrodescendentes. Por conta disso, a mãe afirma que ela tem sido alvo de ofensas racistas, ameaças e violência física por colegas de classe.
Segundo a mãe, as agressões ocorreram ao longo de três meses, e a escola não tomou providências, apesar das denúncias: “Eu sempre avisava a Edna, dizendo que estava conversando com os pais, e nada foi resolvido”. Ela também relatou que a filha foi cuspida no rosto e agredida durante o intervalo, além de ser chamada de “abacaxi” e outros termos ofensivos.
Mensagens enviadas pela mãe mostram sua frustração com a falta de ação da escola: “Nunca me ligaram para dizer que ela estava sendo humilhada na sala, só para falar que ela iria reprovar porque o desenvolvimento estava ruim”.
A mãe disse ter solicitado à direção da escola gravações com os episódios, mas até o momento não obteve retorno.
A polícia foi acionada e está investigando o caso. A família agora busca por justiça.
A Secretaria de Estado da Educação foi procurada e emitiu uma nota oficial.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é contra qualquer tipo de violência ou discriminação.
No episódio ocorrido na semana passada, a escola rapidamente convocou os responsáveis por ambos os estudantes envolvidos e tomou todas as medidas cabíveis. O caso foi registrado no aplicativo do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva) e está sendo acompanhado por um profissional do programa, que realizará ações e projetos voltados para a promoção da cultura de paz. A unidade também conta com o apoio de um psicólogo do programa Psicólogos nas Escolas, disponível para atender todos os alunos, desde que autorizado pelos responsáveis.
Sempre que a estudante esteve envolvida em qualquer tipo de ocorrência, a unidade escolar seguiu todos os protocolos, acolhendo a aluna e convocando os responsáveis dos envolvidos para uma reunião de mediação.
A Diretoria de Ensino e a equipe gestora da unidade estão à disposição dos responsáveis pela aluna para mais esclarecimentos”.
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