Entidades vão à Justiça contra Nelson Piquet após comentários de cunho racista
Ação apresentada pelas entidades pede indenização de R$ 10 milhões
Ação apresentada pelas entidades pede indenização de R$ 10 milhões
Entidades de defesa dos direitos humanos acionaram a Justiça do DF (Distrito Federal) contra o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet após comentários de cunho homofóbico e racistas feitos por ele durante um vídeo publicado pelo portal Grande Prêmio. Os comentários foram direcionados contra o piloto Lewis Hamilton e para outros dois competidores (Keke e Nico).
“O Keke? Era uma b… Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico) ganhou um campeonato, o neguinho (Hamilton) devia estar “dando mais c…” naquela época e estava meio ruim”, disse Piquet.
A ação foi apresentada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal nesta segunda-feira (04/07), e pede uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos e danos sociais. Além disso, exige que Nelson Piquet poste em todas as redes sociais um pedido de desculpas públicas pelos comentários de cunho homofóbico e racial proferidos por ele; e em caso de reiteração de conduta do ex-piloto, as entidades pedem que ele seja multado em R$ 100 mil caso volte a proferir qualquer tipo de ofensas contra esses grupos.
Nota de esclarecimento de Nelson Piquet:
“Gostaria de esclarecer as histórias que circulam na mídia sobre um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado.
O que eu disse foi mal pensado, e não defendo isso, mas vou esclarecer que o termo usado é aquele que tem sido amplamente e historicamente usado coloquialmente no português brasileiro como sinônimo de ‘cara’ ou ‘pessoa’ e foi nunca teve a intenção de ofender.
Eu nunca usaria a palavra da qual fui acusado em algumas traduções. Condeno veementemente qualquer sugestão de que a palavra tenha sido usada por mim com o objetivo de menosprezar um piloto por causa de sua cor de pele.
Peço desculpas de todo o coração a todos que foram afetados, incluindo Lewis, que é um piloto incrível, mas a tradução em algumas mídias que agora circulam nas redes sociais não está correta. A discriminação não tem lugar na F1 ou na sociedade e estou feliz em esclarecer meus pensamentos a esse respeito.”