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Enfermeira é a 1ª a receber na USCS vacina em teste contra o coronavírus

Prefeito Auricchio afirma que trata de um dia histórico para São Caetano

  • Prefeito Auricchio afirma que trata de um dia histórico para São Caetano; enfermeira foi a primeira voluntária.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 31/07/2020
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Prefeito Auricchio afirma que trata de um dia histórico para São Caetano

 

Prefeito Auricchio afirma que trata de um dia histórico para São Caetano; enfermeira foi a primeira voluntária. Foto: Gislayne Jacinto

 

A enfermeira obstetra da rede privada de São Paulo Francine David Maria, de 31 anos, foi a primeira a recebe a vacina que será testada contra o Cononavírus na USCS (Universidade Municipal de São Caetano). A primeira dose foi dada na manhã desta sexta-feira (31/07), no Hospital São Caetano, que fica no bairro Santo Antônio. “Trata-se de um dia histórico para São Caetano. Agora é esperar os prazos de testes e a aprovação clínica da vacina”, afirmou o prefeito.

Os testes da CoronaVac estão sendo feitos por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan o laboratório chinês Sinovac Biotech.   “É um grande orgulho pra mim contribuir com a saúde da humanidade. É um marco  histórico, um momento maravilhoso para  mim e para minha família, dá muito orgulho”, afirmou a enfermeira.

De acordo com a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone, nesta quinta-feira quatro profissionais da área da saúde receberam a vacina. Todos receberão a segunda dose daqui 14 dias.

A USCS vacinará 652 voluntários da cidade e a secretária de Saúde acredita que todos devem ser imunizados durante um mês.

A testagem coordenada pelo Butantan terá a participação de 9 mil voluntários e deve ser concluída entre o final de outubro e o início de novembro. Dos 12 centros de pesquisa selecionados no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o HC (Hospital das Clínicas) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP iniciaram a pesquisa nesta quinta (30/07). Nesta sexta-feira foi a vez da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O Emílio Ribas e o Centro da UFMG contarão com 852 participantes cada, além de outros 500 no HC de Ribeirão Preto.

O primeiro centro a testar a Coronavac em voluntários foi o HC da Faculdade de Medicina da USP, na capital, na última terça (21/07). A terceira fase de testes no HC em São Paulo é direcionada a 890 voluntários. O início dos testes nos demais centros será anunciado nos próximos dias.

O imunizante desenvolvido pela Sinovac Life Science é um dos mais promissoras do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. O Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.

A farmacêutica forneceu ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.

Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito ao SUS. Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuição em todo o Brasil.

A previsão é de que seja  autorizada até dezembro, para que as doses sejam distribuídas pelo SUS em janeiro de 2021.