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Em São Bernardo, Lula defende maior aproximação com evangélicos

Ex-presidente e aliados dispararam críticas contra Bolsonaro em discurso realizado antes da exibição do filme Marighella  

  • Lula participou de evento político ao lado de políticos da Região, entre eles os prefeito Filippi e Marcelo Oliveira.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 03/12/2021
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Ex-presidente e aliados dispararam críticas contra Bolsonaro em discurso realizado antes da exibição do filme Marighella

lula no sindicato dos metalúrgicos

Lula participou de evento político ao lado de políticos da Região, entre eles os prefeito Filippi e Marcelo Oliveira. Foto: Reprodução

Evento político que ocorreu na sede do no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na noite desta sexta-feira (03/12), antes da exibição do filme Marighella, virou ato político em apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que disputará as eleições presidenciais no ano que vem. Houve muitas críticas também ao presidente Jair Bolsonaro, principal adversário político do petista nas próximas eleições, além de discursos que defendem maior aproximação com evangélicos.

“O povo está com saudade do PT”, disse o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior, ao afirmar que o partido também ficou fora do poder por oito anos na cidade, mas retornou ao comando do Paço de Diadema em janeiro deste ano.

O prefeito de Mauá. Marcelo Oliveira, disse que é preciso mostrar o que partido faz diferente e que todos “sonham juntos por um Brasil melhor”. Ele ainda ressaltou a figura do ex-presidente.

O discurso de Lula mirou o presidente Jair Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas eleitorais. Para ele, Bolsonaro “faz o contrário do que a Bíblia fala”. Ele ainda criticou “mercenários que se passam por religiosos”.

Os ataques não foram por acaso, pois o segmento religioso é uma das bases do presidente Bolsonaro. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” é a fase mais conhecida e levantada como lema de Jair Bolsonaro desde as eleições de 2018.

Nesta semana, o presidente conseguiu, inclusive, aprovação no Senado da indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) de André Mendonça, nome considerado “terrivelmente evangélico”.

As declarações foram feitas antes da exibição especial do filme Marighella na sede do sindicato. O ato contou com a participação de atores da produção, políticos da região e do filho do guerrilheiro morto nos anos 1960.

O ator Henrique Vieira, que é pastor e também já foi vereador pelo PSOL, também discursou e empolgou o público, mas ressaltou sobre a importância de a esquerda dar mais atenção aos evangélicos.

Lula concordou com a tese e disse que essa mensagem precisa ser  espalhada. “É preciso que a gente construa uma consciência. Primeiro, que os evangélicos não são inferiores a ninguém e nenhuma outra religião. São cidadãos humanos, brasileiros que têm o direito de professar a sua fé”, disse.

Filme

cena do filme marighella

Seu Jorge (esquerda) interpreta o deputado Carlos Marighella no filme, enquanto Wagner Moura foi responsável pela direção do projeto(foto: Reprodução/Downtown Filmes/Paris Filmes)

O filme Marighella trata da biografia do guerrilheiro morto nos anos 1960 durante a  ditadura militar. A produção foi concluída em 2019, porém o lançamento foi adiado por causa das negativas de comercialização da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Wagner Moura, diretor do filme, não compareceu ao evento em São Bernardo. Lula e alguns políticos deixaram o Sindicato dos Metalúrgicos antes da exibição.