Em meio à discussão do ensino médio, edital de vestibulinho em S.Caetano será publicado
Informação foi dada pelo presidente da Câmara durante a sessão desta terça-feira marcada por protestos de estudantes
Informação foi dada pelo presidente da Câmara durante a sessão desta terça-feira marcada por protestos de estudantes
Em meio à discussão o ensino médio em São Caetano e uma possível transferência dos alunos das escolas Oscar Niemeyer, Vicente Bastos e Alcina Dantas Feijão, para uma escola de aplicação a ser criada na USCS (Universidade de São Caetano do Sul), o edital para o vestibulinho deve ser publicado nos próximos dias, conforme declaração feita pelo presidente do Legislativo, Pio Mielo (MDB), durante discurso na tribuna na sessão desta terça-feira (23/10).
A intenção do governo era que os 1,6 mil alunos desses colégios passassem a estudar nesta escola de aplicação, mas o projeto foi rejeitado por alunos e professores. Com a transferência desses estudante, seriam abertas 1,6 mil vagas para alunos do ensino fundamental sem que houvesse a necessidade de construção de mais escolas, que de acordo com vereadores governistas, leva tempo e depende de recursos.
“Infelizmente, houve intensa manifestação contrária. Por determinação do prefeito, esse assunto está encerrado e as três escolas permanecerão com o ensino médio nesses locais”, afirmou.
O líder do prefeito, Tite Campanella (PPS), admitiu que discutiu o assunto com professores e direção do Alcina Dantas Feijão no sábado (20/10). “Fiquei triste. Pensei que a comunidade escolar aceitaria. Diante disso, a ideia foi abortada”, afirmou Tite ao acrescentar que a escola de aplicação agora só será particular.
O vereador César Oliva (PP) entende ter faltado transparência do governo para discutir o assunto com os alunos e professores. “Isso causou forte insegurança. Desde o início do ano, o governo tratava do projeto. O movimento é legítimo e tanto alunos quanto professores não tiveram medo de retaliação e se manifestaram contrários”, afirmou.
O vereador Jander Lira (PP), professor do colégio Alcina há 20 anos, foi quem informou sobre a reunião de sábado e a discussão sobre o futuro do ensino médio na cidade. “O que fizemos foi comunicar sobre o projeto em andamento. A mobilização partiu dos próprios alunos e professores. Os pais também se colocaram à disposião para ajudar”, disse Jander.
Manifestação
Centenas de alunos foram até a Câmara, mas menos de 100 puderam entrar para assistir a sessão por conta da capacidade limitada do prédio. “Estavam fazendo tudo por debaixo dos panos e o projeto seria imposto pra gente. Tivemos de lutar para isso não acontecer”, afirmou o aluno Nicolas Neri.
A estudante Isa Belly Santos Freitas afirmou que os alunos querem que o prefeito assine um documento em que se comprometa a não tirar o ensino médio das três escolas, enquanto Gean Carlos Rangel Souza Lima ressaltou que a pressão de todos os alunos é que impediu o andamento do projeto do Executivo sobre mudanças no ensino médio.
“A união faz a força e, por isso, estamos juntos lutando por essa causa”, afirmou a aluna Nicole Fiorio.
O professor José Massayuki, do Alcina Dantas Feijão, afirmou que o governo precisa dar o direito aos estudante de estudar onde acham melhor.