Em Mauá, Ciro diz representar fim da luta entre coxinhas e mortadelas

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Em segundo lugar nas pesquisas, candidato a presidente da República afirmou que não existe menor chance de Bolsonaro vencer no primeiro turno

Ciro Gomes
Ciro Gomes faz campanha em Mauá e diz que País busca equilíbrio. Foto: Gislayne Jacinto

O candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), durante campanha eleitoral em Mauá nesta segunda-feira (09/10), afirmou que “não tem a menor chance” de seu principal adversário até o momento, Jair Bolsonaro (PSL), sair vencedor das urnas já primeiro turno depois de ter sofrido um atentado, na última semana, em Juiz de Fora (MG). Depois desse episódio, Bolsonaro subiu de 26% para 30% nas pesquisas e seu apoiadores acreditam que a disputa seja encerrada em único turno.

Ele (Bolsonaro) representa um pensamento compreensível, mas é um pensamento muito zangado, extremista, radical, mas a maioria esmagadora de nosso povo quer uma solução equilibrada e quer encerrar essa confrontação miúda que está mandando o país para trás, está fazendo com que famílias se dividam e jovens briguem de forma odienta na internet. É isso que faz que nossa candidatura cresça a todo dia, com consistência, já alcançando um segundo lugar isolado. Eu represento esse caminho que deixa os extremos de lado, encerra essa luta fratricida entre coxinhas e mortadelas”, disparou.

No meio político, mortadela é um termo depreciativo utilizado para se referir a simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, enquanto coxinha é um termo pejorativo que serve para descrever uma pessoa “certinha”, “arrumadinha”, e que se opõe a ideias políticas ou econômicas de esquerda.

De acordo com Ciro Gomes, a tendência é que o momento de comoção por conta do que aconteceu com Bolsonaro passe com o decorrer da campanha.

“O povo brasileiro tem solidariedade humana muito instantânea e uma pequena fração atingiu a decisão de voto, mas logo mais vai ficar muito claro que isso é só um momento emocional compreensível e legítimo. E o debate vai voltar ao seu leito normal. Não creio que vá ter influência central”, disse o presidenciável.

Para Ciro Gomes, o eleitor vai se preocupar com propostas. “Eu sinto muito pelo que ocorreu com o Jair. Digo que não foi um incidente, foi violência brutal. Mas graças a Deus ele está bem. E ainda falta bastante tempo até a data da eleição. Muitos debates e propostas de Brasil pela frente.”

Campanha
Em Mauá, candidato do PDT à Presidência da República, fez campanha ao lado de correligionários. O candidato fez uma breve caminhada na Praça 22 de Novembro, centro comercial de Mauá, onde encerrou com um discurso. Ciro Gomes estava acompanhado do candidato ao Governo do estado pelo PDT, Marcelo Cândido, do candidato ao Senado, Antonio Neto (PDT), e de vários candidatos a deputado, entre eles José Carolos Orosco, de Mauá, que disputa uma cadeira na Câmara Federal.

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Ciro Gomes concluiu a atividade de campanha com um discurso na Praça 22 de Novembro, centro de Mauá. Foto: Divulgação

Propostas

Ciro ainda declarou em entrevista à imprensa que aumentará a repartição de receitas com municípios e que acrescentou que três novos tributos serão partilhados. “É preciso que a gente reestruture o sistema tributário e a repartição de receitas. Isso eu pretendo fazer introduzindo uma tributação mais progressiva sobre heranças, lucros de dividendos e talvez transações financeiras acima de R$ 5 mil. Três novos tributos serão partilhados com os municípios. Pretendo também mudar a legislação para impedir o abuso que certos promotores fazem sobre a gestão dos municípios brasileiros”, afirmou o presidenciável.

Retomada de obras

O candidato a presidente disse ainda que quer retomar 7,2 mil obras paradas e que isso vai gerar mais empregos no País. Para Ciro, é necessário que o Brasil crie medidas no sentido de diminuir 13 milhões de desempregados.

Ciro Gomes disse que quer tirar do SPC o nome de 63 milhões de brasileiros, consertar as contas públicas e estimular a economia para a geração de empregos O brasil tem 13 milhões de desempregados.

Sobre a implantação de unidade da UFABC (Unidade Federal do ABC), o presidenciável afirmou que vai avaliar a necessidade e viabilidade da proposta. “Sabemos que tem campus em Santo André e São Bernardo. Vamos conversar para saber se o melhor é abrir outra unidade ou expandir as já existentes.”

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