Doses da vacina Coronavac chegam no ABCD nesta terça-feira
Secretaria de Estado da Saúde informou que a recomendação é priorizar profissionais da Saúde neste primeiro lote
Secretaria de Estado da Saúde informou que a recomendação é priorizar profissionais da Saúde neste primeiro lote
O primeiro lote da vacina Coronavac chega a partir desta terça-feira (19/09) nos municípios do ABCD. “A partir de amanhã (19), grades de vacinas e insumos também serão enviadas a polos regionais para redistribuição às Prefeituras. A recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia, podendo também imunizar a população indígena com apoio de equipes da atenção primária do SUS, segundo as estratégias adequadas ao cenário local”, informou.
De acordo com Saúde, vão ser destinadas 39 mil do doses da Coronavac do Instituto Butantan para a região. O Governo do Estado lançou o site www.vacinaja.sp.gov.br para agilizar a campanha de vacinação contra a Covid-19 em São Paulo. A ferramenta possibilita que as pessoas aptas a receber a vacina produzida pelo Instituto Butantan realizem um pré-cadastro.
Nesta primeira etapa da imunização, o grupo prioritário é formado por profissionais de saúde e indígenas. O pré-cadastro não é um agendamento, mas vai garantir um atendimento mais rápido nos locais de vacinação e evitar a formação de aglomerações.
O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, ressaltou que o pré-cadastro não é obrigatório, mas o fornecimento das informações por parte de cada cidadão que está no grupo prioritário vai agilizar o processo de vacinação e beneficiar a sociedade.
“Não é preciso se preocupar se não for possível fazer o pré-cadastro, pois a vacinação vai ocorrer independentemente dele, com o cadastro completo sendo realizado na unidade de vacinação no momento da aplicação da dose. No entanto, quem puder acessar o site antes terá um atendimento muito mais rápido”, afirmou Paulo Serra.
Distribuição
A Secretaria de Estado da Saúde iniciou nesta segunda-feira (18/01) o envio de doses da vacina do Butantan para imunização contra COVID-19 para os hospitais-escola regionais, no interior, para priorização dos profissionais de saúde. Os contemplados com as primeiras doses foram: Hospitais das Clínicas de Campinas, Botucatu, Marília, Ribeirão Preto e Hospital de Base de São José do Rio Preto.
A campanha começou ainda neste domingo (17/01), minutos após aprovação do uso da vacina do Butantan pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Somente no domingo foram vacinados 112 pessoas, incluindo as duas primeiras brasileira a serem vacinada no país: a enfermeira Mônica Calazans, da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas; representando tanto os profissionais de saúde quanto a população indígena, a técnica de enfermagem e assistente social, Vanuzia Santos, do povo Kaimbé, foi a primeira indígena a ser vacinada no Brasil.
“Estamos distribuindo as grades de vacinas e insumos com muita agilidade graças ao planejamento e à mobilização das equipes. Há cerca de três meses temos nos dedicado a organizar esta campanha, que agora começa com a priorização dos nossos heróis da saúde”, diz o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Cada hospital será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.
A divisão das grades considerou o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde baseado na última campanha de vacinação contra a gripe.
A campanha de imunização contra a COVID-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.
Butantan pede à Anvisa registro emergencial de mais 4,8 milhões de doses
O Governador João Doria confirmou nesta segunda-feira (18/01), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, que o Instituto Butantan pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o registro emergencial para um segundo lote 4,8 milhões de novas doses da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela instituição em parceria com a biofarmacêutica Sinovac.
“A autorização para o uso emergencial que a Anvisa concedeu neste domingo era exclusivamente válida para as 6 milhões de doses da vacina, todos elas já distribuídas ao Ministério da Saúde. Estamos seguros que essa nova análise será feita com o mesmo critério, o mesmo cuidado e a mesma agilidade com que ontem liberaram a vacina do Butantan, a vacina do Brasil”, disse o governador João Doria.
Segundo o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o pedido de autorização do uso emergencial do segundo lote abrangerá um número ainda maior de doses. “A primeira partida é de 4 milhões e 800 mil já em disponibilidade na medida em que for feita essa segunda autorização. Uma vez aprovado, daí a produção do Butantan será feita de acordo com essa autorização, isto é, não haverá a necessidade de todo o lote ser requisitado (o pedido emergencial), podendo chegar a uma produção adicional de 35 milhões de doses”, explicou.
Neste domingo (17), logo após autorização da Anvisa, o Butantan colocou à disposição do PNI (Programa Nacional de Imunização) cerca de 6 milhões de doses, das quais 1,4 milhão foi destinada ao Estado de São Paulo e 4,6 milhões para os demais estados da federação, conforme definido em entendimentos feitos entre o instituto e o próprio Ministério da Saúde.
Novas remessas de insumos para envase deverão chegar nas próximas semanas, aguardando apenas aval do Governo da China. Das 8,7 milhões de doses previstas em contrato para entrega até 31 de janeiro, 6 milhões já foram encaminhadas. As demais devem seguir até o final deste mês. A programação prevê que até abril o Butantan entregue ao Ministério da Saúde 46 milhões de doses da vacina.
Em seu discurso, o Governador João Doria reforçou sobre o início da vacinação em cinco grandes hospitais do interior, em Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Marília e São José do Rio Preto, e elogiou o programa estadual de imunização. “Temos seringas, agulhas e equipamentos de proteção individual graças a um planejamento iniciado em outubro e revalidado em reuniões da Secretaria de Saúde”, lembrou.
“Com planejamento, com estrutura e com uma equipe responsável, sem nenhuma visão ideológica, partidário e política, e sim com visão técnica, de obediência à ciência, nós estamos realizando esse programa de vacinação em São Paulo”, completou o Governador João Doria.
Primeira vacinada do interior de SP é técnica de Enfermagem do HC de Campinas
A primeira vacinada contra a COVID-19 do interior de São Paulo é técnica de Enfermagem do HC de Campinas (Unicamp). Liane Santana Mascarenhas Tinoco nasceu em 1971 em Itaberaba, Bahia. Moradora de Campinas há 16 anos, trabalha no HC desde 2010. Liane atua na enfermaria específica para casos de Coronavírus desde o início da pandemia, ajudando a salvar vidas.
Casada e sem filhos, se sente muito otimista e esperançosa com a vacina. “Desde o começo, o desconhecimento gerou medo e insegurança, mas busquei forças e fui em frente. Agora estou vacinada”, relata Liane, já com seu comprovante de vacinação.
O HC de Campinas é o primeiro hospital do interior a iniciar a vacinação de seus 4 mil profissionais. As doses da vacina do Instituto Butantan, que começaram a ser aplicadas nesta tarde (18), saíram da capital paulista às 8h. Por volta das 15h30 a equipe já estava preparada para vacinar os primeiros profissionais que atuam na unidade.