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Doria confirma descentralização da entrega de remédios e começa por S.Bernardo

Projeto é uma reivindicação antiga das prefeituras da região por meio do Consórcio

  • Postos do Poupatempo fecham no Dia de Tiradentes, mas funcionam no sábado.
    Foto: Divulgação
  • Por: Redação
  • Publicado em: 03/04/2019
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 Projeto é uma reivindicação antiga das prefeituras da região por meio do Consórcio

 

Remédios serão distribuídos Poupatempo de São Bernardo. Foto: Divulgação

O governador João Doria confirmou na manhã desta quarta-feira (03/04) o início do processo de descentralização da entrega de medicamentos de alto custo no ABCD com a efetivação do Poupatempo de São Bernardo (rua Nicolau Filizola, 100, Centro) como novo ponto para distribuição desses remédios, que hoje estão disponíveis somente no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.

A proposta é uma demanda antiga do Consórcio Intermunicipal do ABC, órgão financiado pelas prefeituras para elaborar projetos regionais. O tema é debatido pelas sete cidades há pelos menos oito anos e começou a ser discutido entre os municípios e Estado em 2011.

Aproximadamente de 12 mil pacientes de São Bernardo poderão retirar os seus medicamentos da unidade do Poupatempo, no Centro. Este número corresponde a 35% do total de pacientes atendidos mensalmente pela farmácia de alto custo localizada no Hospital Mário Covas, em Santo André, que hoje atende mais de 35 mil pacientes por mês.

“A confirmação da descentralização da farmácia de alto custo, instalada no Hospital Mário Covas, em Santo André, contempla mais uma demanda dos municípios do ABC. É uma medida necessária e urgente para agilizar o acesso dos pacientes aos medicamentos e acabar com a superlotação da única unidade disponível na região”, comemorou o presidente Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra.

O prefeito Orlando Morando (PSDB) foi ao Palácio dos Bandeirantes para assinar o convênio. “Foram realizados todos os testes, até por membros da secretaria estadual de Saúde, e foi comprovado que nossa proposta é viável”, disse o prefeito. A entrega deve começar em 30 dias.

Trabalho

Em fevereiro de 2013, o Grupo de Trabalho (GT) Saúde incluiu a ação como uma das pautas a serem cobradas do Governo do Estado. Em setembro do mesmo ano, a reivindicação foi encaminhada para David Uip, que tinha acabado de assumir a Secretaria de Estado da Saúde.

Já em junho de 2015, a descentralização da entrega de medicamentos de alto custo foi novamente cobrada pelo Consórcio. Na ocasião, surgiu a proposta de entrega desses remédios nos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) de Santo André e Mauá, além da continuidade do serviço no Hospital Estadual Mário Covas. Em agosto do mesmo ano, a entidade regional voltou a cobrar a implantação do sistema.

O tema foi retomado pelos prefeitos do Grande ABC em fevereiro de 2017. Em maio deste mesmo ano, uma das propostas analisadas foi a criação de centros de distribuição em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, sendo que esta última faria o repasse a Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

Em janeiro de 2018, os chefes dos Executivos municipais decidiram propor que a retirada dos medicamentos ocorra em unidades do Poupatempo instaladas na região (Santo André, São Bernardo e Mauá) e no Atende Fácil de São Caetano.

Dois meses depois, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorizou o início do processo de distribuição descentralizada de medicamentos de alto custo no ABC, tendo o Poupatempo de São Bernardo como projeto piloto. No entanto, a medida não chegou a ser efetivada.

Nesta fase inicial da descentralização, era estimado que cerca de 12 mil pacientes retirassem seus medicamentos no local, agora anunciado oficialmente como ponto de entrega. O número previsto de atendimentos corresponde a aproximadamente 35% do total de pacientes atendidos mensalmente pela farmácia de alto custo localizada no Mário Covas, que atende em torno de 35 mil pacientes por mês.

O espaço na unidade do Poupatempo de São Bernardo já estava reservado desde o ano passado, mas ainda necessitava da autorização oficial do governo estadual para passar a receber a farmácia de alto custo. “O Estado já arcava com o custo mais alto, que é a compra do medicamento. E o local ficou apertado para receber toda a demanda centralizada [no Hospital Mário Covas]”, afirmou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, que presidiu o Consórcio em 2017 e 2018.