Figura simpática e super carismática, Ediane Maria é daquelas pessoas cheias de energia que a gente gosta de ter por perto o tempo todo. Mas, não, ela não é nenhuma influencer, blogueira e muito menos modelo de grife de moda. Além do carisma e o visual descolado, ela foi a grande surpresa das eleições deste ano no ABCD.
Pela primeira vez candidata a um cargo eletivo, a moça não só conquistou respeitáveis 175.617 votos como também foi a terceira deputada estadual mais votada na região (20ª no Estado) pelo PSOL. Com apoio do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), a pernambucana moradora de Santo André é empregada doméstica e representa a categoria que pretende continuar defendendo durante todo o mandado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Foi a experiência como doméstica e os 20 anos de militância junto ao MTST, aliás, que Ediane levou para as ruas durante a campanha vencedora.
“O processo de campanha foi com as pessoas se envolvendo e me apresentando para os familiares. Dos filhos falarem assim: ‘olha, mãe, existe uma emprega doméstica igual a você’ ou de ‘você tem a história da minha avó’. Então, foi uma campanha repleta de histórias e muito choro porque muita gente se via na minha pele”, diz Ediane.
Completando 39 anos no dia em que concedeu entrevista ao ABCD Jornal, a deputada eleita é mãe solo de quatro filhos e não economiza sorrisos nem ao dizer que a jornada até agora não foi nada fácil. “Na minha vida nada foi fácil. Meus filhos são meus parceiros e vamos fazer isso juntos. Construir esse novo trabalho juntos, segurando um a mão do outro.”
Neste intervalo entre a eleição e a posse na Assembleia, que acontecerá em março do ano que vem, Ediane (que é @edianemariamtst no Instagram, onde tem 48,9 mil seguidores) ainda não pensa no mandato nem na composição de seu futuro gabinete. O trabalho agora continua firme na campanha, desta vez pela eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Planalto e de Fernando Haddad (PT) para o governo de São Paulo.
“Agora estamos lutando, juntando forças e nossos trapos para virar voto, convencer as pessoas que não foram votar no primeiro turno. Então, a gente não parou e a estratégia é a mesma da nossa campanha, que foi de falar com as pessoas, estar na rua, de fazer o vira voto, fazer carreatas, que a gente já estava acostumada a fazer enquanto movimento social. Queremos manter as ruas aquecidas”, afirma.
Ediane tomará posse ao lado de outros 93 deputados estaduais. Serão 69 homens, 25 mulheres e ela como a primeira doméstica eleita para o Legislativo estadual.
Trazer o protagonismo da mulher negra, do trabalho doméstico e descentralizar a política fizeram parte da estratégia de Ediane e sua equipe durante a campanha.
“Trazemos o ser político para o centro do debate e colocamos que nós fazemos política o tempo inteiro, a empregada doméstica faz política, o pedreiro faz política, o jovem que luta pela permanência estudantil ou por política de cotas faz política. Então, foi a descentralização e trazer a periferia para o centro do debate que fizeram parte da nossa estratégia que alcançou todo mundo e que todo mundo quis fazer parte”, explica a deputada eleita.
Questionada sobre seus sonhos, ela afirma querer colaborar para que mais mulheres negras atinjam seus objetivos. “Sejam eles quais forem e que seus filhos tenham oportunidades, diferente do que vemos hoje. Nossos jovens morrendo sem perspectiva. Quero muito contribuir para reduzir desigualdades históricas”.
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