Diocese inaugura neste domingo paróquia em Ribeirão Pires
Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima será elevada à paróquia neste domingo A Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima será elevada à paróquia neste domingo (10/10), às 10h, durante a celebração da missa presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, sendo concelebrada pelo administrador paroquial Pe. Mario Alessio da Silva, IVE. A programação ainda […]
Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima será elevada à paróquia neste domingo
A Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima será elevada à paróquia neste domingo (10/10), às 10h, durante a celebração da missa presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, sendo concelebrada pelo administrador paroquial Pe. Mario Alessio da Silva, IVE. A programação ainda conta com uma novena que acontecerá entre os dias 1º e 9 de outubro (consulte os horários na página do Facebook). A quase paróquia está localizada na Praça Nossa Senhora de Fátima, 13 – Vila Suely – Ribeirão Pires. Mais informações pelo telefone: 4829-1378.
A futura paróquia conta com quatro comunidades: Santo Antônio, no Jardim Mirante; Nossa Senhora Aparecida, na Vila Gomes; Nossa Senhora da Paz, no Parque Aliança; e Nossa Senhora das Graças, no Planalto Bela Vista.
Conheça a história da futura Paróquia Nossa Senhora de Fátima
A década de 1950 trouxe importantes transformações para Ribeirão Pires decorrentes do processo de emancipação e elevação, do então distrito de Santo André, à categoria de município. Novos loteamentos começaram a surgir, como a Vila Suely que, em 9 de julho de 1956, teve aprovado o Plano de Arruamento e Loteamento em área pertencente a Santinho Carnavalle.
Entre os primeiros moradores, havia uma senhora chamada Benedita, que percorria as poucas casas dos bairros levando um oratório em forma de capelinha, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Esse oratório existe ainda hoje e se apresenta como símbolo de perseverança para toda a comunidade. A partir de 1960, em uma pequena casa do bairro, funcionava uma escola. As crianças aprendiam o catecismo e era celebrada a missa uma vez por mês, atividades que contavam com o apoio das freiras. Dona Jandira era a responsável pelo local e pela preparação do ambiente para a missa.
Nesse período, a doação de um terreno pelo senhor Santinho Carnavalle mobilizou os fiéis para a edificação da capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Os trabalhos foram iniciados em agosto de 1964, com a construção dos alicerces e parte das paredes. Essas obras ficaram paralisadas por certo tempo, até que em 1969, o padre Alcides Zanella mobilizou novamente a comunidade que passou a promover várias quermesses e angariar recursos para a retomada da construção.
Inauguração da capela
Em maio de 1972 foi realizada a inauguração da Capela Nossa Senhora de Fátima, com a presença do primeiro bispo diocesano, Dom Jorge Marcos de Oliveira, e de autoridades locais. A imagem de Nossa Senhora de Fátima foi doada pelo Sr. Mário Rodrigues da Cunha .”Depois de muita luta e trabalhos, quermesses, foi inaugurada no dia 14/05/1972 a Capela N. Sra. de Fátima da V. Sueli; veio o Sr. Bispo diocesano Dom Jorge Marcos de Oliveira. Houve missa e procissão. O padrinho da capela foi o doador do terreno da mesma, o Sr. Santinho Carnavalle e esposa.” (*Com informações do 1º Livro Tombo da Paróquia São José – Ribeirão Pires – SP, p. 123v e PE. JOÃO ROQUE LORENZATO, Igreja Matriz de São José, 100 anos de evangelização, p. 108.)
A comunidade atuava na catequese, nos encontros de estudos bíblicos, na reza do terço e no grupo JPC (Jovens à Procura de Cristo). As missas eram celebradas no primeiro domingo de cada mês, situação que perdurou até o final da década de 1980, quando ministros extraordinários passaram a realizar celebrações nos demais domingos.
Por iniciativa do padre Egídio Batocchio, nos anos 1990, a capela passou a contar com ministros oriundos da comunidade da Vila Sueli. Passando a ter mais tarde duas Celebrações Eucarísticas Dominicais, no segundo e quarto domingo, às 8h30; e Celebrações Dominicais da Palavra, no primeiro e terceiro domingo, às 8h30.
Elevação à quase paróquia
Com a elevação ao status de Quase Paróquia no dia 13 de maio de 2018, a comunidade passou a ter a celebração da Missa todos os dias de semana, às 19h (exceto na segunda-feira); sábado, às 17h, e no domingo, às 10h e 17h, até os dias de hoje.
As etapas até a criação e instalação de uma paróquia
Vice-chanceler do bispado na Diocese de Santo André, Pe. Vinícius Ferreira Afonso explica como funciona o processo para um espaço se tornar capela e comunidade, posteriormente atingir o status de quase paróquia e a fase de transição para se tornar, de fato, oficialmente uma paróquia:
Capela
“Geralmente uma capela, que é um espaço de culto pequeno inicial, surge quando pessoas que professam a fé, mas não tem ali um lugar para celebrar ou uma presença institucionalizada da igreja, solicitam formalmente à autoridade eclesiástica, que se constitua ali um lugar de culto. Ali nasce uma capela.”
Comunidade
“Quando em torno da capela começa a ter uma vida espiritual, catequese, pastorais, sobretudo, com a participação de muitas pessoas do bairro, aí então se forma uma comunidade. E a comunidade não é o templo. O templo é a capela, mas a comunidade são as pessoas que professam a fé e que a levam adiante, transmitem para as gerações, onde os sacramentos são celebrados.”
Quase Paróquia
“Quando essa estrutura cresce um pouco mais e já demonstra sinais de autonomia, ela pode ser nomeada pelo bispo, depois da consulta ao clero da região e alguns fiéis, no processo de sinodalidade, pode se tornar uma quase paróquia, do latim ‘quase’, significa ‘como’. Então é como uma paróquia. Ela é uma paróquia piloto que já adquire um certo status junto à Mitra Diocesana e passa a recolher alguns encargos que são importantes para a vida de uma comunidade, a sua ligação com a Cúria Diocesana, e ela é considerada para todos os efeitos, uma paróquia. Ela só não é de fato, porque ela não foi criada, nem instalada.”
Paróquia
“Passado esse tempo de prova, quando se verifica que essa paróquia, de fato, reúne as condições para ser uma igreja paroquial, ter um território de fiéis e um pároco, um pastor próprio, segundo o direito canônico aponta, então, ela é elevada à categoria de paróquia. Existe a cerimônia de criação, que se dá por meio de um decreto executivo do bispo diocesano e depois a instalação dessa paróquia, que é a celebração, a lavratura da ata, o momento em que essa paróquia passa a existir e funcionar.”