
O prefeito de Diadema, divulgou nesta sexta-feira (26/12) um vídeo em que comenta uma decisão da Justiça Eleitoral contra ele. Uma sentença em primeira instância (ainda cabem recursos) condena o chefe de Executivo por difamação e injúria eleitoral. O fato em questão ocorreu durante o debate entre os principais candidatos a prefeito da cidade, realizado pelo g1 em agosto de 2024. Taka foi condenado há seis meses de prisão e pode recorrer em liberdade.
Durante o debate, Taka fez uma pergunta ao então prefeito Filippi (PT), que concorria à reeleição. Ele fez referência a Marco Aurélio Santana RIbeiro, então chefe do gabinete pessoal de Lula na Presidência da República. Marco Aurélio também é conhecido pelo apelido de Marcola —assim como Marcos Willians Herbas Camacho, apontado como líder do PCC.
Veja a nota na íntegra do prefeito Taka:
“Nos últimos dias, recebi inúmeras mensagens de apoio, carinho e preocupação. Quero agradecer de coração a cada pessoa que se manifestou — isso fortalece e me lembra porque escolhi servir Diadema.
Preciso dizer, com toda a serenidade possível, mas também com a indignação de quem sabe o que viveu: a decisão da Justiça Eleitoral é de primeira instância, ainda está em trânsito, e será objeto de todos os recursos cabíveis. Confio plenamente no devido processo legal e no direito à ampla defesa, fundamentos essenciais do nosso país.
A manifestação que originou essa decisão aconteceu durante o processo eleitoral de 2024, em um debate público promovido pelo G1, onde tratei de temas que o Brasil inteiro discute há anos.
Reafirmei uma realidade que está nos noticiários, nos dados e nas ruas: “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com o crime organizado.”
Relatei também uma matéria que havia saído dias antes na mídia sobre o repasse de mais de um bilhão de reais a cidades aliadas do governo federal.
O contexto era claro: cobrei transparência sobre recursos que chegaram de forma apontada como irregular, conforme noticiado — inclusive pelo UOL — e questionei onde tais recursos foram aplicados. Essa pergunta, que considero legítima e necessária em qualquer democracia madura, acabou transformada em objeto de condenação.
É duro ver uma fala sobre a defesa da transparência se tornar razão de ataque.
Mas sigo tranquilo, porque não falei mentira, não inventei fato, nem ataquei pessoa alguma — questionei o uso de recursos públicos, o que considero um dever de qualquer agente político comprometido com o interesse coletivo.
Com respeito às instituições e confiança na Justiça, continuo trabalhando normalmente, junto da minha equipe, com responsabilidade, transparência e compromisso com o povo de Diadema.
Não me escondo, não me calo e não me afasto — sigo de pé, porque sei que a verdade prevalece para quem age com honestidade e propósito.
Seguimos firmes.
Taka Yamauchi”
