
O drone que lança gás lacrimogêneo para dispersar pessoas em bailes funks já está em Diadema. O equipamento estava exposto e foi a apresentação pelo prefeito Taka Yamauchi (PSDB) durante a cerimônia de desencadeamento da Operação Impacto. Em seu discurso, Taka Yamauchi enfatizou que, embora o problema dos pancadões tenha sido “zerado” na cidade, o drone está em efetividade para atuar quando necessário.
“Graças a Deus, Diadema não tem mais pancadão, a gente conseguiu, através de uma estratégia bem elaborada, conduzir esse processo, mas o drone está aqui, efetivo para que quando a gente precisar, quando a população precisar, espero que não precise,” declarou o prefeito. Ele comparou o equipamento a uma arma não letal, que se compra “não é para utilizar”, mas para proteger. “Se necessário for, a gente vai colocar em ação, vai colocar ele, enfim, nos ares para proteger a família de bem,” concluiu Taka Yamauchi.
Tecnologia e Investimento
O drone é fabricado pela empresa Condor S/A e custou aos cofres públicos R$ 365.313,60. A contratação foi realizada por inexigibilidade de licitação, amparada pela Lei nº 14.133/2021, sob o argumento de ser um fornecimento exclusivo com tecnologia única no Brasil.
Com autonomia de voo de 15 minutos, o aparelho tem a capacidade de transportar e lançar até 24 bombas de gás lacrimogêneo em um único voo, de forma remota e segura.
Monitoramento Estratégico é o Foco Principal
Apesar da capacidade de dispersão, a Prefeitura fez questão de frisar que a principal finalidade do equipamento é o monitoramento aéreo.
“O equipamento permitirá uma visão tática e em tempo real das regiões da cidade, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade, o que ampliará a capacidade de resposta da Guarda Civil Municipal (GCM) e garantirá mais segurança para a população e para os agentes em serviço,” informou a Prefeitura na época da aquisição.
O uso do gás lacrimogêneo, recurso não letal, será restrito a “situações específicas e autorizadas”, em “casos extremos de resistência ou risco coletivo”, sendo sempre utilizado de forma proporcional. A administração garante que a medida está de acordo com os protocolos de segurança pública e os princípios de respeito aos direitos humanos.
