
A Justiça determinou nesta segunda-feira (22/09) a desocupação de prédio invadido no centro de Diadema. A GCM (Guarda Civul Municipal já está no local para dar apoio na desocupação do imóvel.
“A Prefeitura de Diadema recebeu na tarde de hoje, 22, a decisão a tutela de urgência com determinação de imediata desocupação do imóvel localizado na Rua Oriente Monte, nº 48, 50 e 56, bairro Parque 7 de setembro. A Secretaria de Habitação irá realizar o cadastramento das pessoas que estão no local e, no prazo máximo de máximo de 24 horas realizar o acolhimento de famílias ou pessoas em situação de vulnerabilidade ou desabrigadas através dos programas sociais do município”, afirmou.
A decisão da Justiça sobre a desocupação ocorreu nesta quinta.
Leia a decisão do magistrado:
“Ante o exposto, defiro a tutela de urgência para determinar a imediata desocupação do imóvel localizado na Rua Oriente Monte, nº 48, 50 e 56, bairro Parque 7 de Setembro, Município de Diadema. Contudo, o cumprimento do mandado de desocupação fica condicionado à comprovação, nos autos, pelo Município de Diadema, da adoção das seguintes medidas, a serem implementadas no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas: 1) Acolhimento imediato de todas as famílias em situação de vulnerabilidade que ocupam o imóvel, por meio de sua inclusão no programa de Aluguel Social ou outro benefício equivalente que garanta moradia provisória em condições dignas; 2) Cadastramento de todas as famílias desabrigadas nos programas de habitação social existentes no Município, com o devido acompanhamento pela assistência social, afirmou.
O movimento que invadiu e foi batizado como “Ocupação Palestina Livre emitiu uma nota oficial e enviou ao ABCD Jornal.

Leia:
“A ROMU, força tática da Guarda Civil Municipal, chegou por volta das 18 horas impedindo os moradores de acessarem à sua casa. Após chegarem do trabalho, as famílias se encontram na rua, sem acesso à comida e água. Bruno Ponta, trabalhador estoquista do Jardim Las Vegas foi detido e sequestrado pela ROMU. A prefeitura e a GCM informaram que ele seria levado ao 3º DP, entretanto, o trabalhador segue desaparecido e sequestrado pela ROMU.
O prédio do antigo hospital já funcionou também como um CAPS e encontrava-se abandonado há mais de quinze anos. O imóvel privado possui uma dívida de mais de R$400 milhões e não possui vinculo com a prefeitura. Apesar disso, a prefeitura está forçando um despejo ilegal e truculento sem apresentação de um mandado judicial.
A militância, que se manifesta de maneira pacífica com palavras de ordem e em busca de negociação, foi recebida pela tropa de choque com balas de borracha, bomba de fumaça e gás de pimenta. Inúmeras famílias se encontram feridas.
A ocupação denuncia o grave déficit habitacional e faz parte de uma jornada de lutas nacional do dia 7 de setembro, que realizou 18 ocupações em 15 estados do país com o nome “Palestina Livre”. As famílias estão residentes no imóvel e não têm para onde ir, exigindo assim uma resposta por parte da prefeitura e cobrando a moradia digna enquanto um direito constitucional”.

