A partir da próxima quinta-feira (02/01), a Prefeitura de Diadema inicia a Campanha de Combate à Hanseníase com ações para identificar pessoas com a enfermidade e orientar sobre a prevenção e a ida ao médico, quando necessário. Com o tema “Hanseníase tem cura: Se toque!! Mancha na pele e perda de sensibilidade podem ser hanseníase”, a ação segue até dia 31 e faz parte do Janeiro Roxo, mês de combate à doença.
Os agentes comunitários de saúde (ACS) das 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade farão a busca ativa e moradores com sintomas de hanseníase. Além dos sinais clássicos, o doente também pode apresentar áreas com diminuição de pelos e suor; dor e sensações de choque, formigamentos, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas; inchaço em mãos e pés; diminuição da sensibilidade e/ou força muscular da face, mãos e pés; úlceras de pernas e pés; caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; e ressecamento nos olhos.
Durante todo o mês, haverá orientação para usuários das UBSs nas salas de espera e em grupos de rotina, caminhada, palestras, distribuição de material informativo e intensificação de exames nas visitas domiciliares de pacientes com a doença. Os profissionais de saúde terão acesso a um aplicativo de consulta, via celular, que auxilia no atendimento de pessoas com suspeita de hanseníase, com informações de rastreamento de sintomáticos.
“Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é um dos países com maior incidência da doença, perdendo apenas para a Índia. A melhor forma de combater a doença é a busca ativa dos casos, pois a detecção precoce previne incapacidades da hanseníase e coíbe a cadeia de transmissão da doença. A população pode contribuir com a eliminação da doença procurando a UBS mais próxima caso apresente os sintomas. Hanseníase tem cura e seu tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde”, explicou a responsável pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde, Andreia de Conto Garbin. Neste ano, quatro pessoas foram diagnosticadas com hanseníase. Em 2018, também foram quatro casos e, em 2017, o município registrou cinco casos.
A doença
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores por meio de contato próximo e prolongado com uma pessoa doente. Causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, a doença possui notificação compulsória, ou seja, os serviços de saúde precisam ser avisados para que seja feita investigação obrigatória sobre os casos.
O acompanhamento dura de nove a 18 meses e a dosagem é escolhida de acordo com o peso e a idade da pessoa.
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