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Dezembro Laranja diagnostica 20 casos de câncer de pele em mutirão em Sto.André

 Parceria entre Prefeitura de Santo André e Medicina ABC atendeu gratuitamente 145 pessoas na Casa da Palavra

  • Mutirão em Santo André faz diagnóstico de câncer de pele em 20 pessoas.
    Foto: Divulgação
  • Por: Redação
  • Publicado em: 03/12/2018
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 Parceria entre Prefeitura de Santo André e Medicina ABC atendeu gratuitamente 145 pessoas na Casa da Palavra

 

câncer de pele

Mutirão em Santo André faz diagnóstico de câncer de pele em 20 pessoas. Foto: Divulgação

 

A Prefeitura de Santo André e a Faculdade de Medicina do ABC realizaram neste sábado (1º/12) atendimentos gratuitos contra o câncer de pele. O mutirão ocorreu, das 9h às 15h, na Casa da Palavra, localizada na Praça do Carmo, e recebeu 145 pacientes. Desse total, 20 foram diagnosticados com câncer de pele e encaminhados para tratamento especializado no Instituto da Pele da FMABC. A campanha integrou o “Dezembro Laranja”, uma iniciativa organizada nacionalmente pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os interessados participaram inicialmente de palestra de 10 minutos sobre os riscos para o câncer de pele e as formas de prevenção. Em seguida, todos passaram por atendimento específico, com realização de exames dermatológicos e de dermatoscopia (avaliação de assimetria, bordas, coloração e diâmetro das pintas). “Os 20 casos diagnosticados já serão atendidos nesta semana na Faculdade de Medicina do ABC. O índice de quase 15% de pacientes com tumores de pele registrado no mutirão é preocupante e revela a importância desse tipo de iniciativa, que leva o atendimento até a população”, considera a professora de Dermatologia da FMABC, Dra. Cristina Laczynski, que coordena a campanha no ABC Paulista.

Cerca de 30 profissionais da Medicina ABC estiveram envolvidos nos atendimentos, entre dermatologistas, médicos residentes e alunos de Medicina membros da Lapac – Liga de Atendimento e Prevenção às Afecções Cutâneas.

ALTA INCIDÊNCIA

Causado pelo efeito cumulativo da radiação solar, o câncer de pele normalmente se manifesta na população acima de 50 anos. “É importante que as pessoas se conscientizem da necessidade da prevenção e passem periodicamente por avaliação dermatológica. A maioria dos casos de câncer de pele identificados em fase inicial é curável. O importante é buscar o diagnóstico precoce para proporcionar melhor prognóstico”, explica Laczynski.

A doença é provocada pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Conforme detalhado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, existem diferentes tipos de câncer da pele, que podem se manifestar de formas distintas. Os mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular – chamados de cânceres não melanoma –, que apresentam altos índices de cura quando diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o câncer de pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. No entanto, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), todos os anos surgem 172 mil novos casos de câncer da pele – o tumor de maior incidência no País. A doença corresponde a 30% de todos os tumores malignos do Brasil. As principais características de risco são a presença de sardas, antecedentes na família, ferimentos que não cicatrizam com facilidade, pintas, sinais e verrugas que mudam de tamanho e cor, além de lesões avermelhadas.

O horário que apresenta risco mais acentuado de exposição ao sol e que deve ser evitado é entre 10h e 16h, quando há maior incidência de raios ultravioletas. O filtro solar com mínimo de 30 FPS (fator de proteção solar) ainda é um dos principais meios de proteção contra raios solares e deve ser passado a cada duas horas ou após longos períodos de imersão na água. O uso de chapéus de abas largas, de óculos de sol com proteção UV e de roupas que cubram boa parte do corpo, diminuindo a exposição direta da pele ao sol, também é recomendado pelos dermatologistas.

Campanha nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele. Foto: Divulgação

MUTIRÃO NACIONAL

Sob o slogan “Se exponha, mas não se queime”, a campanha nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção, lembrando que o filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta. A mensagem visa atingir, inclusive, quem trabalha sob o sol ou ao ar livre, e também alerta para a prevenção nos momentos de lazer.

Ao todo foram 132 postos de atendimento em todo o Brasil no 1º de dezembro, com envolvimento de cerca de 4 mil médicos dermatologistas voluntários, que somaram forças para a prestação de atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. Esta foi a 20ª edição da campanha nacional da SBD. Desde 1999, o mutirão já beneficiou mais de 594 mil brasileiros. Na região do ABC, a ação é coordenada pela disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC desde a primeira edição, há duas décadas.