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Detidos em flagrante pela PF com dinheiro em casa, Atila e secretário depõem

Audiência de Custódia é para que agentes políticos possam esclarecer origem de dinheiro; Polícia investiga suposto esquema de desvio de verba da merenda


  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 10/05/2018
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Audiência de Custódia é para que agentes políticos possam esclarecer origem de dinheiro; Polícia investiga suposto esquema de desvio de verba da merenda

Polícia Federal durante Operação Prato Feito, realizada em Mauá, nesta quarta-feira. Foto: Divulgação/Derly Acosta

A 1ª Vara Federal de Custódio da Capital realiza nesta tarde de quinta-feira (10/09) audiência de custódia com o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) e seu secretário de Governo, João Eduardo Gaspar, detidos nesta quarta-feira (09/05), na Operação Prato Feito, deflagrada pela PF (Polícia Federal), para desarticular cinco grupos criminosos que atuavam para desviar dinheiro repassado pela União para ser aplicado na merenda escolar.

Atila foi detidos porque encontraram em sua residência R$ 87 mil, enquanto que na casa do seu secretário e homem de confiança um total de R$ 588.417. A quantia estava em sacos e mochilas.

De acordo com a Justiça Federal, o juiz ouvirá os envolvidos para que esclarecem a origem do dinheiro. Se não houver comprovação, os agentes políticos poderão permanecer detidos.

Em uma das gravações, um empresário oferece em 2016 a Gaspar 20% do valor de uma dívida de R$ 2 milhões da Prefeitura de Peruíbe, caso a empresa conseguisse receber o respectivo valor por seu intermédio. Na época, Gaspar era assessor do então deputado estadual Atila Jacomussi (PSB), que deixou o cargo após após ser eleito prefeito de Mauá. Atila assumiu a Prefeitura em 2017.

Gaspar é servidor público e se utiliza do seu cargo e contato junto a outros para conseguir favorecer o empresário Carlinhos (denunciado no esquema). Neste caso, ele aceita uma proposta de vantagem indevida com vistas a auxiliar Carlinhos em sua empreitada criminosa junto a agentes públicos”, diz o relatório da Polícia Federal.

A prefeitura foi procurada durante toda esta quinta, mas até o fechamento não houve retorno. O pai de Atila, o presidente da Câmara, Admir Jacomussi, afirmou que não conseguiu falar com o filho.