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Consórcio do ABC pode ter nova crise com saída de Volpi e Claudinho

Prefeitos de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ameaçam deixar a entidade

  • Em ofício enviado ao Governo do Estado, Consórcio de prefeitos destaca que a região possui indicadores compatíveis para progredir no Plano São Paulo.
    Foto: Divulgação/Helber Aggio
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 30/01/2021
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Prefeitos de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ameaçam deixar a entidade

 

Consórcio do ABC pode ter nova crise com saída de Volpi e Claudinho. Foto: Divulgação/Helber Aggio

 

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC pode enfrentar nova crise porque dois prefeitos ameaçam deixar a entidade. Claudinho da Geladeira (Podemos), de Rio Grande da Serra, e Clóvis Volpi (PL) já manifestaram a intenção de deixar a entidade comandada atualmente por Paulo Serra (PSDB), prefeito de Santo André. Ambos alegam problemas financeiros em seus respectivos municípios que impossibilitam os repasses mensais à instituição.

A assessoria de Clovis Volpi divulgou um áudio no qual esclarece as razões de um possível desligamento do Consórcio.

“Na verdade Ribeirão Pires passa por um momento dramático com a situação financeira. Os governos que passaram aí recentemente, principalmente o último, desses últimos quatro anos deixou uma dívida estimada de R$ 230 milhões. Claro que tem as dívidas judiciais, claro que tem o próprio Imprerp (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires) que fez um acordo de última hora, porém, o que mais me preocupa na cidade, me preocupa muito, muito, muito é os restos a pagar”, disse o prefeito.

Volpi afirma no áudio que o município tem R$ 83 milhões em débitos de curto prazo. Segundo o prefeito, R$ 61 milhões de restos a paga foram deixados por seu antecessor, Adler Kiko Teixeira (PSDB).

Volpi ainda esclarece que por conta disso está efetuando vários cortes de despesas e a do Consórcio pode estar entre elas, fato que geraria uma economia de R$ 15 mil por mês.

Ouça a fala de Volpi:

 

Bastidor

Apesar de não expressarem abertamente, o prefeitos que ameaçam deixar o Consórcio também estariam insatisfeitos com indicações de cargos políticos dentro da instituição e também na Prefeitura de Santo André. No caso de Claudinho da Geladeira (Podemos), o presidente do Consócio manteve na entidade Carlos Eduardo, braço direito do ex-prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania), e ainda nomeou Akira Auriani (PSB) para trabalhar na entidade, todos adversários de Claudinho da Geladeira na última eleição.

Volpi também não teria gostado das nomeações feitas por Paulo Serra na Prefeitura, como é o caso de Gabriel Roncon (PTB) e Dedé da Folha (Cidadania), políticos que também estiveram em lados opostos ao do prefeito no último pleito.

Segunda vez

Na gestão passada, também houve uma crise no Consórcio quando Diadema e Rio Grande da Serra aprovaram o desligamento da entidade e São Caetano cortou repasses.