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Balanço da CPI da Enel: Queda de energia, polêmicas e repetições em respostas

Presidente da Enel não agradou deputados e prefeitos que participaram da reunião que durou 8 horas

Carla Morando na CPI da EnelCarla Morando na CPI da Enel
Com queda de energia, presença de prefeitos do ABCD  e inconsistência nas afirmações, oitiva do presidente da Enel em SP dura 8 horas. Foto: Divulgação

A reunião da CPI da Enel com oitiva do presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, durou oito horas e foi marcada por polêmicas, bate-boca e acusações sobre supostas inconsistências nas reposta dele. Três deputados do ABCD participam da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito): Thiago Auricchio como presidente, Carla Morando como relatora e Luiz Fernando como membro. Os três fizeram um balanço de como foi o depoimento do diretor da empresa.

A deputada estadual Carla Morando, questionou o presidente da Enel sobre os serviços prestados e disse que houve inconsistências nas afirmações do executivo. Lins também usava a mesma reposta para várias indagações o que cansou os parlamentares, prefeitos e público presente.

“Reunião muito importante e extensa que teve a participação dos prefeitos e detectamos muitas inconsistências nas respostas do presidente da Enel SP”, disse a deputada que indagou Lins sobre os investimentos anunciados pela empresa. “Não vemos esse investimento por mais que o senhor fale. A Enel não está atendendo a população. É só andar numa rua e encontramos cruzeta podre, para raio que não funciona ou não tem ou fio que está frouxo por falta de manutenção”, citou a relatora.

“Lutamos para acabar com os inúmeros problemas que a empresa causa na vida das pessoas. Queremos saber: quem vai indenizar a população que perdeu alimentos e os comerciantes que tiveram prejuízos no apagão? Por que a empresa reduziu o número de funcionários? Por que não investe como deveria em manutenção e modernização da rede elétrica? E muitas outras perguntas que são importantes para obtermos informações para o relatório que entregaremos no final da CPI”, concluiu Carla Morando.

A reunião teve a participação de prefeitos da região metropolitana, onde a Enel atende 24 municípios. Entre eles, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, o de São Caetano, José Auricchio Júnior, o de Ribeirão Pires, Guto Volpi, e a de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli.

Os prefeitos foram duros em seus discursos e disseram que os problemas da Enel atrasam o desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo já que obras ficam por meses paradas aguardado por energia elétrica para serem inauguradas. Eles citaram condomínios, unidades de saúde e vias públicas. Teve prefeito que falou em em Taboão a Enel demou mais de 400 dias para fazer ligação elétrica em uma obra.

O prefeito de São Bernardo chegou a cobrar ressarcimento à população. “Que todos os consumidores sejam ressarcidos pelos prejuízos causados, não só pelo apagão do último dia 3 de novembro, mas pelos outros problemas, como o caso da nossa comunidade “Zé do Buraco”: mais de mil pessoas sem luz por três dias devido a uma chuva normal em janeiro”, disse Orlando Morando.

“Não obtive respostas. Pelo contrário, ouvimos um discurso evasivo e mentiroso, de quem não se preocupa com o cidadão e sim com o lucro. Mais de um bilhão em 2022.
Meu desejo é que os deputados concluam a CPI, que tem como relatora a minha esposa, deputada estadual Carla Morando, e que esse sujeito seja devidamente responsabilizado pela sua péssima gestão e pelo descaso com a população”, concluiu o prefeito.

Amparado por um habeas corpus, o executivo da concessionária, mais uma vez, atribuiu os estragos com o apagão do dia 3 às árvores e ao “evento climático extremo”. Em decorrência de quedas de energia que aconteceram no início da reunião da CPI, Lins teve a sua apresentação de slides comprometida no começo da explanação. Foram ao menos duas quedas de luz com duração de poucos segundos.

Os trabalhos da Comissão continuam nesta quinta-feira (16/11), às 9h30. Haverá mais uma reunião da CPI da Enel, desta vez, com a oitiva do presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, e da diretora de Sustentabilidade da ENEL, Marcia Massotti.

Veja o que diz cada deputado da CPI sobre a oitiva do presidente da Enel:

 

Veja momentos polêmicos, críticas ao contrato e bate-boca

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