Cerca de 110 comissionados e terceirizados foram demitidos no governo Alaíde
Secretário de Governo nega retaliação política e afirma que exonerações foram administrativas
Secretário de Governo nega retaliação política e afirma que exonerações foram administrativas
Cerca de 110 funcionários foram demitidos no governo da prefeita interina de Mauá, Alaíde Damo (MDB). A emedebista substitui o prefeito Atila Jacomussi (PSB), afastado do cargo por liminar pela Justiça após a Polícia Federal flagrar em 9 de maio em sua residência R$ 87 mil. Atila ficou preso por 37 dias, mas foi solto em 15 de junho.
Entre os demitidos estão vários indicados por Atila, entre eles pessoas de todos os escalões do governo, inclusive secretários. O fato tem causado um racha entre os grupos de Alaíde e do prefeito afastado. O ex-chefe de Gabinete e braço direito de Atila, Márcio de Souza, avalia que a prefeita está “administrando com o fígado”.
O secretário de Governo, Antonio Carlos de Lima, nega que as demissões sejam retaliações. “Estão tentando politizar as demissões, mas foram por questões meramente técnicas e administrativas”, disse o secretário.
De acordo com Antonio Carlos, a intenção é enxugar a folha de pagamento. “A ideia é também promover a extinção de cargos e cortar horas extras a partir de agora”.
Quanto aos 80 terceirizados dispensados eram contratados da FMABC (Fundação de Medicina do ABC, que tem uma dívida de mais de R$ 120 milhões a receber da Prefeitura.
“A Fundação vinha reclamando de ingerência nas nomeações. As 80 demissões foram uma imposição da própria entidade. Todas foram feitas de forma unilateral”, finalizou o secretário.