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Causa da morte de voluntário da vacina CoronaVac foi suicídio

Anvisa suspendeu estudos clínicos para o desenvolvimento da Coronavac ao alegar evento grave

  • Representantes do Governo do Estado de SP concederam entrevista coletiva nesta terça-feira.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 10/11/2020
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Anvisa suspendeu estudos clínicos para o desenvolvimento da Coronavac ao alegar evento grave

 

Representantes do Governo do Estado de SP concederam entrevista coletiva nesta terça-feira. Foto: Divulgação

 

A causa morte de um voluntário nos estudos clínicos da Coranavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, foi um suicídio. A informação foi dada pela TV Cultura e depois confirmada pela TV Globo.

A morte desse voluntário foi o que a levou à suspensão dos estudos a pedido da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Segundo um BO (Boletim de Ocorrência) registrado às 16h02 de 29 de outubro em uma delegacia da Zona Oeste de São Paulo, policiais militares foram acionados pelo rádio para uma “ocorrência de encontro de cadáver”. Quando os agentes chegaram ao apartamento, o zelador do prédio mostrou a vítima desmaiada no chão do banheiro com uma seringa perto do braço e diversas ampolas de remédio. O corpo do jovem de 32 anos foi para o IML (Instituto Médico Legal).

De acordo com a TV Cultura, o IML deve divulgar o laudo, oficialmente, às 17h. Minutos antes de a TV Cultura dar a informação, uma coletiva foi realizada pelo governo de São Paulo para explicar o ‘evento adverso grave’ alegado pela Anvisa.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (10/11), o Instituto Butantan disse que a vacina é segura e que o óbito não está ligado ao imunizante.

“Os dados são transparentes. Por que nós sabemos e temos certeza de que não é um evento relacionado à vacina? Como eu disse, do ponto de vista clínico do caso e nós não podemos dar detalhes, infelizmente, é impossível, é impossível que haja relacionamento desse evento com a vacina, impossível, eu acho que essa definição encerra um pouco essa discussão”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Dimas Covas disse que a suspensão, além de desnecessária, provoca “dor e sofrimento nos voluntários”. “Não haveria a necessidade desse tipo de medida, que poderia ser resolvido administrativamente, como foi feito hoje de manhã”, disse Covas.

O governador João Doria não participou da coletiva de imprensa, mas comentou a suspensão dos estudos clínicos pelas redes sociais. “‘Efeito adverso grave’ de um voluntário da Coronavac não está relacionado à vacina. Anvisa é um órgão técnico. Confio que testes com a vacina do Butantan serão retomados de imediato. Objetivo do Butantan é viabilizar vacina segura para todos os brasileiros. Único adversário é o vírus”, disse.