Após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em segundo turno, na noite desse domingo (30/10), grupos de caminhoneiros protestam com bloqueios em pelos várias rodovias.
Por volta das 19h30 desta segunda-feira (31/10), eram 305 pontos de protestos nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Amazonas, Acre, Roraima, Maranhão, Amapá, Paraíba e Pernambuco. No Distrito Federal, manifestantes interditaram um trecho da BR-251.
No Rio de Janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que as ocorrências começaram por volta de 00h30 e ainda permanecem nesta segunda-feira (31/10).
A PRF informa que, no norte fluminense, houve interdição no início da manhã no quilômetro 64 da BR-101, em Campos dos Goytacazes, com queima de pneus. O protesto começou por volta das 5h e às 6h30 a via já havia sido liberada pelos agentes.
Por voltas das 7h, porém, mais manifestantes se dirigiram à região e, segundo a PRF, foram registrados atos de vandalismo.
De acordo com vídeos publicados nas redes sociais, o protesto é contra o resultado da eleição e, em alguns locais, há pedido de intervenção militar.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, o Brasil é muito dependente da sua malha rodoviária e, por este motivo, o problema é ainda mais grave. “Com os bloqueios, o fluxo normal de caminhões é interrompido. As cargas que deveriam chegar aos seus destinos deixam de ser entregues. É um problema em cadeia, que impacta diretamente o consumidor final. Com o desabastecimento dos produtos no mercado, a tendência é de que os preços comecem a subir”, explica o executivo.
Os Estados com registro de bloqueio são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Goiás e Distrito Federal. No início da manhã, o número de pontos de interdição chegou a 84.. Em alguns locais, pneus chegaram a ser queimados.
Para Pizzamiglio, outro problema é com relação aos produtos perecíveis, que tendem a estragar na estrada. “Infelizmente, esse é um desdobramento muito comum. Vimos com bastante frequência em outras manifestações promovidas pelos caminhoneiros. Se as estradas permanecerem paradas, isso significa perdas para o agronegócio brasileiro e para o fornecimento nos mercados”, afirma.
Pizzamiglio alerta ainda que os bloqueios também podem afetar o comércio exterior, uma vez que os produtos não conseguem chegar às suas rotas de escoamento. “Para qualquer mercadoria chegar no território nacional e ser entregue ao seu destino ou, para qualquer mercadoria ser encaminhada para a exportação, somos dependentes das nossas estradas. Isso porque cerca de 65% do transporte de cargas do Brasil passa por essas estradas”, afirma o diretor.
“Esse impacto dependerá do tempo que essas paralisações permaneçam e, também, em quais estradas estão sendo realizadas. Temos que analisar quais mercadorias estão sendo transportadas nessas regiões para entendermos o real impacto desse movimento”, completa Pizzamiglio.
(Com Agência Brasil)
Ao perceberem a aproximação da viatura, os ocupantes tentaram fugir, dando início a uma perseguição
Decisão sobre concurso publicada no Diário Oficial desta sexta-feira estende para mais dois anos o…
Principal objetivo da mudança é garantir a segurança jurídica da corporação, além da valorização dos…
Entre os destaques do 71º aniversário da cidade está entrega da primeira Clínica Terapêutica de…
No momento da abordagem, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos pelos policiais; com eles,…
Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado com o suspeito, mas a consulta veicular revelou…