Câmara de Mauá acata pedidos de impeachment contra Atila

Vereadores terão até 90 dias para analisar processos que podem resultar na cassação do prefeito

Moradores lotaram o plenário da Câmara de Mauá . Foto: Gislayne Jacinto

 

A Câmara de Mauá aprovou por 19 votos nesta quarta-feira (16/01) dois pedidos de impeachment contra o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), afastado do cargo por estar preso desde 13 de dezembro.

O chefe do Executivo é acusado pela PF (Polícia Federal) de chefiar uma organização criminosa que arrecadaria dinheiro de empresas para dividir com 21 dos 23 vereadores, além de um suplente. Todos negam as denúncias apresentadas pela PF.

Os vereadores terão terão até 90 dias para analisar os processos. Somente o pai do prefeito votou contra. Severino do MSTU e Betinho das Dragões não compareceram na sessão. Ricardinho da enfermagem se absteve.

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Jacomussi fez discurso emocionado e afirmou que o filho daria a vida pela população de Mauá. Para ele, trata-se de uma injustiça cometida contra o filho.

Comissões

A Câmara já sorteou as duas comissões que analisarão os pedidos de impeachment aprovados pelos vereadores. A primeira delas é formada por Sinvaldo Carteiro (DC), como presidente; Jotão (PSDB), como relator; e Ivan Stella (Avante), integrante. A segunda será comandada por Cincinato Freire (PDT), que terá Samuel Enfermeiro (PSB) como relator e Tchacabum (PRP) como componente.

O prefeito, por meio de seu advogado
Daniel Leon Bialski, emitiu nota oficial e criticou o fato ao dizer que foi um processo político.

Leia a integra da nota:

“A abertura do processo de impeachment é muito mais político do que jurídico. Por isso, espera-se que o processo e o julgamento sejam feitos de forma justa, observando-se os princípios da legalidade, imparcialidade e respeitando o direito de defesa – algo que a polícia que conduziu as investigações não fez . As acusações contra o prefeito Atila Jacomussi são apenas falácias, baseadas muito mais na opinião e no arbítrio da polícia do que em fatos, testemunhas e provas. Inclusive, chama a atenção ter feito a investigação mesmo falecendo-lhe competência, já que os fatos deveriam ser investigados pela Polícia Civil e julgados pela Justiça Estadual, como já declarou e requereu o próprio Ministério Público. Enfim, não há qualquer prova, testemunha ou gravação que mostre o recebimento de dinheiro ou atos ilícitos praticados diretos ou indiretamente pelo prefeito. Muito pelo contrário, a vida política de Atila sempre foi pautada pela honestidade e correção”.

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Gislayne Jacinto

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