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Depois de Diadema, Rio Grande da Serra deixa Consórcio

Gestão do presidente Orlando Morando ainda acumula perda de R$ 1,2 milhão que São Caetano deixará de mandar para a entidade 

  • Governador Márcio França tem apoio de prefeitos do ABCD.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 30/05/2018
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Gestão do presidente Orlando Morando ainda acumula perda de R$ 1,2 milhão que São Caetano deixará de mandar para a entidade 

 

Crise entre Maranhão e presidente do Conśorcio se agravou após prefeito de Rio Grande se encontrar com governador Márcio França Foto: Divulgação

A Câmara de Rio Grande da Serra aprovou nesta quarta-feira (30/05) por 11 votos a 2 projeto do prefeito Gabriel Maranhão (sem partido) que autoriza o município a desfiliar-se do Consórcio Intermunicipal do ABC. Na gestão do presidente da entidade, Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo, já são duas baixas. Diadema foi a primeira a se desligar da instituição no ano passado.

Gabriel Maranhão já vinha se distanciando da entidade e faltava constantemente às assembleias dos prefeitos. A situação se agravou quando Maranhão foi expulso do PSDB, dias depois de se encontrar com o governador Márcio França (PSB) e declarar apoio a sua reeleição. Nos bastidores políticos a informação é de que Maranhão acredita que Orlando Morando tenha articulado sua saída legenda tucana.

Rio Grande da Serra, a cidade mais pobre da Região do ABCD, contribuía com R$ 220 mil por ano com a entidade. O vereador Claurício Bento (DEM) disse que a cidade não tinha retorno em projetos. “Já foram gastos R$ 26 milhões só em projetos e até agora nada saiu do papel”, afirmou o vereador.

São Caetano

Outra perda do Consórcio na gestão de Orlando Morando foi que no último mês a Câmara de São Caetano aprovou e o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) sancionou emenda que impede o repasse de R$ 1,2 milhão do município para a entidade. A autoria da proposta foi do vice-líder do prefeito no Legislativo, o vereador Edison Parra (PSB).

Primeira

No ano passado, Diadema foi a primeira a se desligar do Consórcio, após o prefeito Lauro Michels (PV) discordar do método de condução da entidade e também dos valores que seriam pagos em quatro anos (R$ 20 milhões). Para o verde , é muito recurso para nenhum tipo de retorno em termos de investimento.

Outro lado

Aliado: Tunico Vieira (esq.) assumiu recentemente a secretaria do Consórcio . Foto: Divulgação/Omar Matsumoto

O secretário executivo do Consórcio, Tunico Vieira, lamentou o fato de Rio Grande deixar a entidade. “Acho realmente uma perda para o município, porque o Consórcio pode ser útil em relação aos pelitos da cidade. Um exemplo disso é o aporte que foi feito na cidade na área de mobilidade urbana”, afirmou Tunico ao se referir ao investimento que o governo federal fez na cidade no valor de R$ 41 milhões por meio de projetos encaminhados pelo Consórcio.

Para o secretário executivo, muitas das soluções dos municípios precisam ser encaminhadas conjuntamente. “Vou tentar uma audiência com o prefeito. Sei que a curto prazo não dá para ser revertido, mas vamos agendar uma conversa”, afirmou Tunico ao admitir que politicamente a decisão de Maranhão traz um desgaste para a entidade.