Bebê morre em Diadema por asfixia mecânica e vira caso de Polícia
Boletim de Ocorrência consta que criança tinha marca vermelha no pescoço
Boletim de Ocorrência consta que criança tinha marca vermelha no pescoço
Um bebê de 2 anos e cinco meses, identificado como Thailler Miguel Fernandes do Nascimento, morreu na manhã de terça-feira (19/03) e foi enterrado nesta quarta-feira (20/03) após passar por exame no IML (Instituto Médico Legal). A atestado de óbito do qual o ABCD Jornal teve acesso mostra que a criança morreu por asfixia mecânica. O fato virou caso de Polícia, pois o menino tinha marca vermelha no pescoço.
A Polícia já iniciou as investigações. A mãe já foi ouvida e o padrasto também será convocado para depor. Era ele quem dormia com o menino no momento em que ele desfaleceu e foi levado com urgência para o Hospital Estadual do Serraria.
“Na manhã de hoje (terça), a criança estava dormindo, então a declarante (mãe) saiu do quarto deixando ele acompanhado do pai, que também dormia. Alguns minutos depois teve a atenção chamada pelos gritos do marido que dizia ter tentado chamar o filho para levantarem e a criança não mais respondeu. De imediato, socorreram, seu filho até o Hospital Estadual de Diadema, onde foram feitas manobras de ressuscitação, porém a criança não mais respondeu e veio a óbito”, relata o Boletim de Ocorrência.
A mãe Talyita Carvalho do Nascimento, de 19 anos, disse em depoimento que a marca vermelha foi provocada pelo cordão da chupeta.
Em entrevista ao ABCD Jornal, a mãe aponta negligência médica e diz que vai acionar o Quarteirão da Saúde na Justiça por ter liberado a criança que passou por consulta médica na sexta-feira (15/03). Na ocasião, a criança estava com diarreia, vômito e febre.
“A médica mandou para casa e pediu para dar Dramin e um remédio para cortar a dor de barriga. Ele deu uma melhorada no sábado e no domingo, mas depois começou a ficar abatido. Eu dei bastante líquido para hidratar, mas ele não melhorava. Na terça ele piorou e levamos para o Hospital do Serraria, mas ele chegou praticamente sem vida”, lamentou a mãe.
Após o falecimento, o corpo da criança foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de São Bernardo para exame necroscópico para identificação da causa do óbito. No atestado de óbito consta asfixia mecânica, mas só em 30 dias sairá o laudo dizendo o que provocou essa asfixia.
A Prefeitura de Diadema foi procurada pelo ABCD Jornal e lamentou o falecimento da criança.
Leia a íntegra da nota:
Em atendimento a sua solicitação, a Assessoria de Imprensa informa que a criança deu entrada no Pronto Socorro Central (PSC), na sexta-feira (15/03), às 16h53. Foi atendida pela pediatria, reavaliada após resultado de exames laboratoriais e teve alta hospitalar. Demais informações não serão divulgadas, visando garantir o sigilo médico do paciente bem como sua privacidade.
Após o dia 15 de março, não houve registro de novas passagens do paciente nas unidades de Urgência e Emergência da rede municipal de Diadema.
A Secretaria Municipal da Saúde se solidariza com a família e está à disposição dela para fazer qualquer outro esclarecimento que se fizer necessário.
Outros familiares
Em contato com familiares da criança, a reportagem do ABCD Jornal apurou que existe uma certa indignação com relação ao ocorrido. “Queremos justiça e investigação do caso. Precisamos saber o que que foi essa asfixia mecânica”, afirmou uma pessoa que preferiu não ser identificada até que saiam os laudos periciais.
Vídeo
A mãe Thalyta fez um vídeo de despedida ao filho e enviou ao ABCD Jorna.