Mutilação é crime; lei prevê detenção e multa aos infratores
Um periquitão-maracanã foi encontrado na Vila Apiaí, em Santo André, com as asas cortadas. A espécie de nome científico Psittacara leucophtalmus foi resgatada pelo Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal após denúncia de um munícipe.
De acordo com a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a mutilação e o aprisionamento de ave silvestre é um crime contra a fauna e o meio ambiente. Pelo artigo 32, praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos poderá resultar em multa e detenção de três meses a um ano.
O periquitão-maracanã é um psitacídeo originário da Mata Atlântica muito comum na região. O animal é muitas vezes confundido com papagaio por ser uma ave de coloração parecida, com predominância esverdeada mesclada com vermelho e amarelo. Por causa da semelhança, as pessoas acabam capturando para criar em casa.
As aves nasceram para voar alto e longe. As asas cortadas impedem elas de voarem livremente e pode demorar até um ano para crescerem novamente.
Garça
Outra ave da Mata Atlântica, uma garça-branca-grande (Ardea Alba), foi encontrada no bairro Camilópolis com a asa quebrada. Com apoio da Polícia Militar, a equipe resgatou o animal que vive próximo de brejos, corpos d’água e parques urbanos.
Tanto a garça como o periquitão-maracanã foram encaminhados para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê.
Neste ano, o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal de Santo André já registrou mais de 200 resgates de animais silvestres.