Em live realizada na noite desta terça-feira (13/10), o secretário de Educação, Fabricio Faria, anunciou que a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I não retomam as aulas presenciais em 2020. As aulas para esses dois grupos seguem remotas até o dia 23 de dezembro. A decisão foi tomada com base nas orientações da Saúde, no inquérito epidemiológico realizado na comunidade escolar e em nova pesquisa de opinião realizada com os pais ou responsáveis dos alunos matriculados na rede municipal.
Segundo o secretário de Educação, o resultado dessa nova pesquisa foi bastante semelhante ao obtido em pesquisa anterior, realizada em julho, segundo a qual cerca de 78% dos pais não queriam a retomada das aulas presenciais. Nessa nova pesquisa, 77% responderam que não enviariam seu filho para a escola em 2020, caso as aulas presenciais retornassem ainda este ano. Participaram 12.895 pais ou responsáveis, que representam cerca de 60% do número total de matriculados.
Quanto às aulas do Fundamental II e do Ensino Médio a decisão deverá ser divulgada ao longo do mês de outubro ou em novembro. “E o Cartão Merenda Escolar será prorrogado. O pagamento do mês de outubro deverá ser feito na última semana do mês”, informou o secretário.
Inquérito epidemiológico
O inquérito epidemiológico realizado na comunidade escolar pela Prefeitura de São Caetano do Sul, em parceria com o Inpes/USCS (Instituto de Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano do Sul), com uma amostra de estudantes e funcionários do Ensino Infantil ao Superior, estimou a quantidade de pessoas infectadas pelo coronavírus. O relatório apontou baixa prevalência tanto entre os estudantes, que variou de 1,9% no Ensino Superior a 6,7% no Infantil, quanto entre funcionários, que ficou em torno de 4,4%.
A amostra composta por 1.624 estudantes e 521 funcionários, representativos de uma população de 27.038 estudantes e 5.038 funcionários, foi aleatoriamente selecionada por nível de ensino: Infantil, Fundamental I, Fundamental II, Médio e Superior.
“São Caetano é uma das primeiras cidades a estudar e apresentar resultados com a comunidade escolar. Hoje sabemos que a prevalência em escolares está muito próxima ao relatado nos inquéritos populacionais realizados no município, nos quais os valores são inferiores a 7%”, explicou a Secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
Estudo semelhante divulgado pela Prefeitura de São Paulo, em setembro, apontou que, entre os paulistanos, esse percentual é de 18,4%.
“As ações rápidas e bem aplicadas no combate à pandemia refletem a baixa prevalência encontrada e menor circulação de vírus no município. Porém, as escolas podem estar mais suscetíveis a surtos, o que demanda articulação entre saúde e educação na programação do retorno às aulas”, destacou Regina Maura.
A pesquisa apontou que a falta de sintomas está mais presente nas crianças menores de 10 anos. Apenas 12% das crianças do Ensino Infantil e nenhuma do Fundamental I, com resultado reagente, relataram saber da infecção antes do exame.
Outro dado apontado na pesquisa foi a proporção de estudantes em grupo de risco, que é baixa até o Ensino Médio (menos de 3,1%). Entretanto, verificou-se que entre 10 e 22% deles tem contato frequentemente com pessoas em grupo de risco. “Do total acometido, a proporção de estudantes e funcionários que relataram dois ou mais sintomas, está diretamente ligada à faixa etária, já que saltou de 19% no Ensino Fundamental II, para 20% no Ensino Médio, 33% no Ensino Superior e 50% dos funcionários”, destacou a secretária. Entre os sintomas mais comuns relatados destacam-se febre, dor de cabeça e nariz entupido.
Na EME Prof. Alcina Dantas Feijão, a aluna do 2º ano do Ensino Médio, Caiane Bianca Bruno Silva, realizou o teste e não foi surpreendida com o resultado negativo. “Estamos tendo muito cuidado em casa. Tiramos os sapatos para entrar e desinfetamos tudo. Fiquei feliz em participar do inquérito, a ação mostra preocupação da administração pública e nos dá mais segurança”.
Da mesma forma, a professora de Artes dos 7º e 8º anos, Natália Domingues Miranda dos Santos, destacou a importância do inquérito na comunidade escolar. “Estou trabalhando em casa e respeitando o isolamento. Avaliar alunos, funcionários e professores é fundamental para que possamos retornar às atividades com mais segurança”.
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