Atos convocados por partidos e pelo MBL contra Bolsonaro têm pouca adesão
Movimentos foram esvaziados em algumas Capitais, como SP, Rio de Janeiro, João Pessoa, Belo Horizonte e Brasília
Movimentos foram esvaziados em algumas Capitais, como SP, Rio de Janeiro, João Pessoa, Belo Horizonte e Brasília
Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro foram registradas neste domingo (12/09) em algumas capitais do Brasil, mas ficaram esvaziadas. Organizadas por movimentos políticos e com participação de entidades, como o MBL, Vem Para Rua, a União Nacional dos Estudantes (UNE), e algumas centrais sindicais, a movimentação foi agendada para ocorrer em 15 cidades ao longo do dia.
No Rio de Janeiro, a manifestação começou após as 10h, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 5. Três caminhões de som ocuparam a Avenida Atlântica, mas apenas dois deles foram usados na comunicação com os manifestantes.
Os manifestantes se espalharam por duas quadras da pista da Avenida Atlântica junto à praia, que aos domingos é fechada para o lazer. A manifestação teve o acompanhamento de integrantes da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal, que se restringiram em ficar posicionados em locais estratégicos, garantindo segurança, sem precisar ser acionados. Pouco depois das 12h30 os manifestantes começaram a se dispersar.
Em Brasília, manifestantes se concentraram na área próxima à Biblioteca Nacional. Outro grupo que já estava presente desde o início da manhã – esse de apoiadores do presidente – circulou no local com carro de som. Não houve, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, confronto entre os dois grupos. As manifestações em Brasília cessaram no início da tarde.
A capital mineira Belo Horizonte também registrou protestos. Vestidos de branco, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade com faixas e cartazes solicitando mais vacinas, cobrando ações mais rigorosas no controle da pandemia de covid-19 e também portando bandeiras de partidos políticos de oposição. Os atos foram dissipados por volta de 13h.
Em São Paulo, manifestantes se encontraram na região do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para participar dos protestos contra o governo federal. O ato, convocado principalmente pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento Vem Pra Rua, pede o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Os manifestantes se concentram entre o prédio do Masp e a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com a Polícia Militar, a situação é de tranquilidade na Avenida Paulista. O policiamento no local conta com dois mil policiais militares, 700 viaturas, 50 cavalos, dez cães, dois helicópteros, seis drones, seis veículos blindados, além do monitoramento remoto com câmeras operacionais da PM.
Entre os participantes estiveram Ciro Gomes, deputado federal Kim Kataguiri (DEM), vereador Fernando Holiday (Novo), candidato à presidência em 2018 João Amoêdo (Novo) e a vereadora Janaina Lima (Novo). O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e a deputada Tábata Amaral (sem partido) também foram ao ato.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também participou do ato, e discursou em cima do carro do MBL.
Ato na Avenida Paulista reúne 6 mil pessoas
A Secretaria da Segurança Pública informa que cerca de seis mil pessoas participaram do ato realizado neste domingo (12), na Avenida Paulista. A estimativa do público foi realizada a partir do uso de imagens aéreas, análise de mapas e georreferenciamento, determinando a extensão do movimento ao longo da avenida, bem como nas áreas adjacentes. No dia 7 de setembro, a SSP estimou 125 mil na Paulista (a favor de Bolsonaro) e 15 mil no Anhangabaú (partidos de esquerda em atos contra Bolsonaro).
De forma a proteger as pessoas e garantir os direitos de todos, a SSP organizou um esquema especial policiamento que custou aproximadamente R$ 885 mil aos cofres públicos e envolveu 2 mil policiais dedicados exclusivamente ao evento. O efetivo contou com o apoio de 700 viaturas, incluindo Bases Comunitárias Móveis, seis veículos blindados (Guardiões), três veículos lançadores de Água (VLA), 10 cães, 50 cavalos e seis drones.
Além do policiamento territorial da área, participaram da operação equipes dos Comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq), mediadores, do Corpo de Bombeiros (CCB) e de Aviação (CavPM) que disponibilizou dois helicópteros Águia.
As ações foram monitoradas pelo sistema Olho de Águia (helicópteros e drones), por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e Sistema Olho Vivo (bodycam). Toda operação foi acompanhada em tempo real da sala de Comando e Controle no Centro de Operações da PM (Copom) pelo Governador João Doria, o secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, o secretário-executivo da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo, o Comandante Geral da PM, coronel Fernando Alencar, o delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fonte, o Ouvidor Geral das Polícias, Elizeu Soares Lopes, entre outros.
Até às 17h30 foram registradas cinco ocorrências relacionadas ao ato. Durante as revistas pessoais, uma equipe da PM flagrou um homem com um canivete na saída da estação Paulista do Metrô. Outra pessoa que pilotava ilegalmente um drone na Avenida Paulista também foi flagrada pela PM.
Uma mulher colombiana foi presa por policiais militares com uma sacola com diversos telefones celulares produtos de furto. Outros dois homens estrangeiros também foram presos com cinco telefones móveis para os qual não conseguiram explicar a procedência. Um quarto estrangeiro também envolvido no furto/roubo de celular foi reconhecido pela vítima e preso pela PM. Todas as ocorrências foram encaminhadas para registro no 78º DP (Jardins). (Com Agência Brasil)