Atila será transferido da carceragem da PF para o CDP de Pinheiros
Prefeito de Mauá foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal durante segunda fase da Operação Prato Feito
Prefeito de Mauá foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal durante segunda fase da Operação Prato Feito
O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), será transferido da carceragem da PF (Polícia Federal), que fica no bairro da Lapa, em São Paulo, para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros. O chefe do Executivo foi preso pela segunda vez durante a segunda fase da Operação Prato Feito deflagrada nesta quinta-feira (13/12). A transferência foi determinada na audiência de custódia, realizada na Justiça na tarde desta sexta-feira (14/12).
Atila Jacomussi é acusado pela Polícia Federal de chefiar um esquema de propina e corrupção que envolveria o pagamento de “mensalinho” a 22 dos 23 vereadores. O dinheiro teria origem em fraudes em contratos para merenda e uniforme escolar. O ex-secretário de Governo João Eduardo Gaspar também foi preso sob a acusação de fazer a operação esquema.
A PF diz ter chegado ao esquema após ter apreendido planilhas que apontavam a distribuição mensal de dinheiro a 22 vereadores da cidade. De acordo com a Polícia, a corrupção girava em torno de 20% dos contratos com as empresas contratadas.
De acordo a PF, servidores também teriam recebido dinheiro e que mesmo durante a prisão por 120 dias o prefeito teria mantido o suposto esquema de propina, inclusive, para se livrar de dois pedidos de impeachment na Câmara, onde o pai, Admir Jacomussi (PRP) é presidente.
Primeira prisão
A primeira prisão do prefeito Atila ocorreu em maio deste ano quando a PF encontrou em sua casa R$ 87 mil. Na residencia do então secretário de Governo, foram localizados R$ 588 mil, além de 3 mil euros. O STF concedeu habeas corpus e o prefeito se livrou da cadeia em junho, mas ficou até setembro sem ocupar o cargo de prefeito.
O advogado do prefeito, Daniel Bialski, emitiu nota em que considera a prisão “arbitrária”.