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Atila quebra silêncio, diz que passou por aflição e alfineta Alaíde Damo

Prefeito de Mauá diz que seu governo não será de vingança, mas demonstrou ressentimento com Alaíde Damo que sequer telefonou a ele em 120 dias

  • Atila diz que passou por aflição nesse período de afastamento do cargo.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 13/09/2018
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Prefeito de Mauá diz que seu governo não será de vingança, mas demonstrou ressentimento com Alaíde Damo que sequer telefonou a ele em 120 dias

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Atila diz que passou por aflição nesse período de afastamento do cargo. Foto: Gislayne Jacinto

O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), quebrou o silêncio depois de 120 dias afastado do cargo por decisão judicial, após ter sido preso acusado de lavagem de dinheiro. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (13/09), Atila já anunciou que trocará alguns secretários nomeados pela vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB).

Atila disse que não praticará vingança, mas em vários momentos da entrevista alfinetou a prefeita interina e mostrou ressentimento, principalmente porque a emedebista sequer telefonou para ele durante os quatro meses. “Deveria estar muito ocupada”, ironizou.

Atila ainda disse que seu governo “não é de nepotismo”. No governo de Alaíde, alguns dos secretários eram parentes, entre eles o sobrinho Antonio Carlos de Lima (Governo) e a sobrinha Denise Debartolo (Educação). A filha Vanessa Damo só não permaneceu no governo depois de ser nomeada, porque foi afastada pela Justiça tendo em vista que está com os direitos políticos cassados até 2020.

Atila afirmou que os 37 dias que ficou preso foram de muita “aflição” para ele e toda sua família. Atila foi detido em 9 de maio porque a Polícia Federal encontrou em sua residência R$ 87 mil. A PF investiga suposta lavagem de dinheiro. O prefeito negou. “Não tenho nada a ver com a Operação Prato Feito. Nenhuma empresa envolvida neste esquema tem contrato com a Prefeitura”, afirmou.

Ao ser questionado sobre seu ex-secretário de Governo, João Gaspar, também preso em 9 de maio porque a Polícia encontrou R$ 600 mil em sua casa, Atila disse estar impedido de comentar o assunto e que o próprio Gaspar é que tem de responder aos questionamentos. Sobre a questão financeira de Mauá, afirmou que vai avaliar se revoga o decreto de calamidade pública feito pela então prefeita interina, em julho, e não garantiu continuidade na licitação para contratar uma OS (Organização Social) em substituição à Fundação do ABC. “Com saúde não se brinca”, afirmou.  

Sobre a

Solidários

Atila afirmou que três prefeitos ligaram para ele entre quarta e quinta para serem solidários: Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, José Auricchio Júnior (PSDB), de São Caetano, e Gabriel Maranhão (sem partido), de Rio Grande da Serra.