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Atila enfrentará segundo pedido de impeachment em Mauá

Filiados à Rede Sustentabilidade protocolam documento nesta terça-feira, na Câmara, às 10h, quatro horas antes da sessão

  • Presidente da Rede de Mauá é uma das que assinam pedido de impeachment de Atila.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 28/05/2018
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Filiados à Rede Sustentabilidade protocolam documento nesta terça-feira, na Câmara, às 10h, quatro horas antes da sessão

Presidente da Rede de Mauá é uma das que assinam pedido de impeachment de Atila. Foto: Divulgação

Um grupo de filiados ao partido Rede Sustentabilidade de Mauá protocola nesta terça-feira (29/05), na Câmara, um pedido de impeachment contra o prefeito Atila Jacomussi (PSDB) que encontra-se preso na carceragem da PF (Polícia Federal) desde 9 de maio, quando houve um flagrante em sua casa de uma quantia de R$ 87 mil. Na residência de seu então secretário e braço direito, João Eduardo Gaspar, também foram encontrados 588,4 mil , além de 2,9 mil euros.

A PF suspeita de lavagem de dinheiro e suposto desvio de verba de contratos da merenda escolar. Atila nega e diz que o recurso é proveniente de seu salário de R$ 18 mil por mês e aluguéis de imóveis. Por conta do episódio, o prefeito pediu afastamento do cargo por 45 dias. Em seu lugar está a vice Alaíde Damo (MDB).

Esse será o segundo pedido de impeachment em duas semanas. O primeiro foi feito pelo PT, mas rejeitado por 20 votos a 1, em 16 de maio.

A presidente da Rede em Mauá, Georgiana Pires, disse que no entendimento de alguns filiados o prefeito “não tem mais condições morais” de continuar no comando da cidade. “Ele faltou com o decoro. As investigações estão em andamento, mas pesa contra o prefeito o flagrante feito pela Polícia Federal

O presidente da Câmara, Admir Jaocmussi (PRP), foi procurado, mas até o fechamento da reportagem não havia dado retorno. Sua assessoria informou que ele estava em reunião.

Rompimento e entrega de cargos

A presidente da Rede de Mauá ressaltou que a direção estadual do partido também já se manifestou sobre a Operação da PF, batizada como Prato Feito e que envolve várias Prefeituras do País, sendo duas delas no ABCD: Mauá e São Bernardo. No caso de Mauá, a sigla recomenda rompimento, uma vez que faz parte da base de sustentação de Atila. A recomendação é para a entrega de cargos.

Leia a íntegra da nota emitida pela Rede estadual:

A Executiva Estadual da REDE Sustentabilidade acompanha atentamente as investigações da “Operação Prato Feito” em todo país, e apoia o Ministério Público e a Polícia Federal no combate à corrupção. Assim,

– Considerando a gravidade das denúncias de corrupção envolvendo diversas cidades do Estado de SP, inclusive Mauá, com indícios de desvios de recursos junto a gerência de merendas nas Unidades Municipais de Ensino;

– Considerando, também, as investigações em curso quanto às possíveis irregularidades nos contratos firmados sob responsabilidade do Secretário de Governo e do Prefeito Municipal;

– Considerando, por fim, que o partido Rede Sustentabilidade, recém instituído na democracia brasileira, prima pela ética e pela transparência na gestão pública;

Vimos à público manifestar apoio ao aprofundamento das investigações em curso para que se apure e puna os eventuais envolvidos.

A Rede Sustentabilidade aposta em alianças programáticas que viabilizem políticas públicas eficazes, e por isso, no caso de Mauá, entende que as investigações evidenciam um rompimento com esse compromisso pelo atual governo municipal e, por esse motivo, a Executiva Estadual delibera pelo rompimento da Rede Sustentabilidade em Mauá com a atual gestão e deixa os cargos ocupados à disposição desta administração.

Rede Sustentabilidade do Estado de São Paulo