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Atendimento veterinário domiciliar ganha espaço na pandemia

Especialista em Medicina felina afirma que rotina pode diminuir estresse dos gatinhos no transporte; serviço oferecido em casa é tendência

Veterinária especialista em Medicina felina, Thais Santana Sousa, diz que atendimento domiciliar traz conforto aos gatinhos. Foto: Arquivo pessoal

Quem tem um gatinho sabe muito bem quanto estresse e sofrimento pode representar uma simples ida ao veterinário. Territorialistas, os gatos odeiam mudança de rotina e é a partir da entrada na caixa de transporte que já começa a saga dos tutores. Uma boa solução para o problema é o atendimento veterinário domiciliar.

“Facilita muito trazer o veterinário para dentro do domicílio, diminui demais o estresse do gato. Pode-se fazer um atendimento de rotina, uma consulta, coleta de sangue, aplicação de soro, vacina. Acabamos não tirando o gatinho de casa para procedimentos que antes necessitariam de deslocamento”, explicou a veterinária especialista em Medicina felina, Thais Santana Sousa (@thaissantanasousa.balaiodegato, no Instagram).

Outra vantagem, de acordo com Thais, é a atenção que pode ser destinada ao paciente e a conversa mais prolongada com o tutor. “Quando estamos em um consultório de hospital, por exemplo, a demanda é muito grande. Já no atendimento domiciliar, você está ali naquela hora exclusivamente para o atendimento daquele paciente, para conversar com o tutor, ver o manejo da casa, saber como é a rotina. No atendimento hospitalar, não se consegue dar tanta atenção como gostaria”, disse.

Thais também conta o caso de uma gatinha paciente renal, que faz um tratamento com aplicações periódicas de soro. “A tutora leva a gatinha a cada 7 dias para aplicar o soro. A aplicação domiciliar foi muito tranquila, apliquei e ela nem se mexeu. A tutora ficou segurando e a gatinha, ronronando (som emitido pelos gatinhos em sinal de satisfação). É muito mais tranquilo porque os tutores veem que o bicho não se estressou”, disse a veterinária, ao acrescentar que alguns gatos ficam em pânico já ao serem colocados na caixa de transporte para a ida ao veterinário e chegam a fazer xixi de tanto estresse.

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Bom para os gatinhos, melhor ainda para os tutores, que ficam satisfeitos ao verem seus filhos felinos longe do estresse da ida ao veterinário. É o caso de Leandro Pilati, 43 anos, tutor de Floki, Snow e da recém-chegada Shelby. “Não tivemos nenhum problema em fazer essa mudança do consultório para o domicílio. O principal é a qualidade do profissional”, disse ele.

Pilati já contava com os serviços de Thais quando eram realizados dentro do consultório e a migração do atendimento para sua residência acabou sendo feita de forma natural.

Levar o veterinário para dentro do domicílio diminui o estresse do gato. Foto: Arquivo pessoal

Tendência

O tutor dos três felinos, que trabalha com recursos humanos e mantém-se na modalidade remota há 1 ano em virtude da pandemia, disse que sua empresa já definiu um “novo normal” para 50% presencial e 50% remoto no pós-pandemia.

O teletrabalho e os serviços oferecidos nas residências são tendências que vieram para ficar. De olho na redução do orçamento, as empresas buscam cada vez mais manter os trabalhadores em home office. A preferência gera uma ação em cadeia, já que aumenta também toda a rede de trabalho em torno do profissional que está em casa como delivery de alimentação e demais serviços de atendimento domiciliar.

O próprio governo federal divulgou, no final do ano passado, uma economia de R$ 1 bilhão com o trabalho remoto de servidores públicos durante a pandemia. O valor considera a redução de R$ 859 milhões nos gastos de custeio e a diminuição de R$ 161 milhões nos pagamentos de auxílios para os servidores entre abril e agosto de 2020.

Atenção destinada ao paciente e a conversa mais prolongada com o tutor costumam ser maiores no atendimento domiciliar. Foto: Arquivo pessoal

 

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Juliana Finardi

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