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Assistente social é constrangida e acusada de furto em loja da Daiso

Fato culminou com um boletim de ocorrência registrado pela vítima que ainda levantou discussões sobre racismo

  • Assistente social é constrangida e acusada de furto em loja da Daiso.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 02/02/2024
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Fato culminou com um boletim de ocorrência registrado pela vítima que ainda levantou discussões sobre racismo

No último dia do mês de janeiro de 2024, um caso no Shopping Tucuruvi, em São Paulo, ganhou repercussão nacional após Mirian Aparecida Guedes Ribeiro, assistente social, ser acusada injustamente de furto por funcionários da loja Daiso. A situação, testemunhada pelo pedagogo Thiago Rennó, nosso leitor, culminou com a vítima registrando um boletim de ocorrência e levantou discussões sobre racismo.

Mirian, após realizar compras na mencionada loja, foi abordada por dois funcionários em um corredor movimentado do shopping, sob a acusação de ter colocado produtos não pagos em sua bolsa. Após verificar os itens adquiridos contra a nota fiscal e nada inconsistente ser encontrado, a assistente social recusou-se a permitir que sua bolsa pessoal fosse revistada sem a presença policial. A intervenção da polícia confirmou a inexistência de qualquer produto da loja em sua posse.

A abordagem, segundo Mirian, teve motivações discriminatórias, o que foi negado pelos funcionários, alegando que foram ofendidos durante o desentendimento. A assistente social solicitou, sem sucesso, a visualização das imagens de segurança que teriam motivado a acusação.

assistente social Miriam

Assistente social é constrangida e acusada de furto em loja da Daiso. Foto: Reprodução

Esse evento não apenas trouxe à tona a questão do tratamento discriminatório em estabelecimentos comerciais mas também a importância do respeito às garantias individuais. O caso está sendo investigado.

O perfil da Daiso Japan publicou uma nota de esclarecimento nas redes sociais. “A loja está averiguando os detalhes do ocorrido, incluindo a análise de todas as câmeras de segurança, depoimentos e tudo o que for necessário para a apuração dos relatos veiculados, com isso anunciaremos nossa posição final em relação aos envolvidos e, em especial, com nossa cliente”, diz a publicação.

A empresa também afirma que “repudia todo e qualquer ato de constrangimento, discriminação, preconceito e/ou racismo”.