
Após polêmica e críticas da oposição, o governo federal recuou e deverá arcar com traslado da brasileira Juliana Marins que perdeu a vida na Indonésia, no último sábado (21/06). O Itamaraty tinha negado arcar com despesas para trazer o corpo para o Brasil sob a alegação de que a lei no País não permite.
O ex-atacante Alexandre Pato e a Prefeitura de Niterói, no Rio de janeiro, já haviam afirmado que bancariam o traslado diante da negativa do governo federal .
No entanto, nesta quinta-feira (26/06), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em rede social que conversou, por telefone, com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu no Monte Rinjani, na Indonésia.
“Conversei hoje (26) por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, disse Lula em postagem publicada nas redes sociais.
Manoel Marins está na Indonésia para tratar dos trâmites de repatriação da filha. O acidente ocorreu no último sábado (21), mas a demora no resgate impediu que socorristas alcançassem a jovem com vida.
O corpo de Juliana foi levado para Bali nesta quinta-feira, onde vai passar por autópsia. O procedimento deve esclarecer detalhes do óbito. A informação foi dada pela vice-governadora da província de West, Nusa Tenggara. Bali é uma ilha que fica ao lado de Lombok, onde está o vulcão Rinjani, onde Juliana faleceu.
A prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, já tinha anunciado que custearia o translado do corpo de volta ao Brasil. O prefeito da cidade publicou na internet nesta quarta-feira (25/06) que teria assumido o compromisso depois de conversar com familiares da brasileira.
Juliana caiu da borda da cratera de um vulcão no monte na madrugada de sábado. O resgate só consegui alcançá-la na terça-feira (24/06), quando já estava sem vida.
Negligência
Para a família, houve negligência da equipe de resgate local. Em mensagem nas redes sociais, os familiares disseram que, se a equipe tivesse chegado ao local da queda em até sete horas após a chamada, Juliana ainda estaria viva.
Segundo o serviço responsável por buscas e resgate da Indonésia, a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no sábado ocorreu porque as equipes só foram avisadas depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto distante da queda. A caminhada durou horas.
Além disso, o deslocamento da equipe até o local também exigiu muito tempo e apenas na manhã de segunda-feira (23/06) os drones com sensores térmicos encontraram Juliana.