Após críticas, Escola Vladimir Herzog em S.Bernardo desiste de modelo cívico-militar
Anúncio foi feito neste domingo, após a família do jornalista expressar sua desaprovação em relação à mudança
Anúncio foi feito neste domingo, após a família do jornalista expressar sua desaprovação em relação à mudança
A Escola Estadual Jornalista Vladimir Herzog, localizada na Rua do Cruzeiro, 262, Centro, São Bernardo do Campo, decidiu não adotar o modelo cívico-militar proposto pelo governo de São Paulo. O anúncio foi feito no domingo (21), após a família do jornalista expressar sua desaprovação em relação à mudança.
Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, criticou fortemente o projeto: “Lugar de militar é nos quartéis, não nas escolas. Caso o projeto caminhe, iremos tomar as medidas cabíveis para que o nome do meu pai não se associe a esta atrocidade.”
O governo Tarcísio Freitas pretende implantar a educação cívico-militar em 45 escolas no próximo ano. No entanto, a direção da escola afirmou que seu método pedagógico inclui “valores essenciais para o desenvolvimento integral dos alunos, pautados nos princípios da democracia, pluralidade e inclusão social.”
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) iniciou uma consulta pública sobre a implantação de escolas cívico-militares na rede pública estadual. A comunidade escolar de São Bernardo do Campo pode opinar até o dia 15 de agosto sobre a adesão ao novo modelo, que tem expectativa de ser implementado em 45 escolas a partir de 2025.
Os diretores das escolas já participaram da primeira etapa de escuta entre 21 e 28 de junho.
Em São Bernardo do Campo, as escolas que participarão da consulta pública são:
– Escola Estadual Professor Jacob Casseb
– Escola Estadual Professor Antonio Nascimento
– Escola Estadual Professor Amadeu Olivério
– Escola Estadual Professora Julieta Vianna Simoes de Sant’Anna
– Escola Estadual Jean Piaget
– Escola Estadual Professora Neusa Figueiredo Marçal
Vladimir Herzog foi um jornalista da TV Cultura que morreu em 1975, após ser preso e torturado por militares durante a ditadura. A família de Herzog luta para que seu legado não seja associado a um modelo de ensino militarizado.
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