Após 18 meses afastada do cargo de vereadora de Santo André, Elian Santana (DEM) tomou posse na tarde desta terça-feira (02/05) e diz que se sente aliviada com a autorização da Justiça para retomar suas funções no Legislativo. A parlamentar chegou a ser presa em novembro e 2018 acusada pela Polícia Federal de participar de fraudes em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ela nega todas as acuações.
“Retornar ao mandato foi um momento muito esperado por mim, foram 18 meses de angústia e tristeza, pois batalhei muito para chegar até aqui. São mais de 20 anos de trabalho árduo que vi, de uma hora para outra, ser jogado na sarjeta, tive minha honra e meu caráter maculados, no entanto acredito que tudo será esclarecido”, afirmou Elian.
A vereadora disse que volta ao Legislativo em um momento difícil para a sociedade por conta da pandemia do novo Coronavírus. Mas que continuará no trabalho para ajudar a cidade.
“Meu plano para o futuro é continuar, como sempre, trabalhando em prol de uma sociedade melhor, no entanto, é momento de preocuparmos com o que estamos vivendo. Estamos vivenciando algo nunca visto antes. Momentos de tristezas, incertezas, instabilidades econômicas, de perdas irreparáveis. Esperamos dias melhores onde cada um de nós, terá de readaptar a um novo modelo de viver. No mais, acredito em Deus e que tudo ficará bem”, finalizou.
Entenda o caso
A vereadora Elian Santana foi alvo da Operação Barbour, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2018. A PF disse que ela e um funcionário do INSS de Diadema aceleravam aposentadorias especiais em troca de pagamentos. Ela ficou 18 dias presa e conseguiu um habeas corpus, após pagar fiança de 30 salários mínimos. A Justiça também impôs medidas cautelares, como suspensão do mandato e salário, além de proibição de frequentar prédios públicos.
No entanto, na última semana, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3º Região) derrubou essas restrições e Elian pode voltar ao cargo.
O presidente da Câmara, Pedrinho Botaro (PSDB), explicou que trata-se de uma decisão da Justiça que não é contestada pela Câmara. Nesse caso, a Casa só cumpre as sentenças. O chefe do Legislativo explicou que a vereadora vai exonerar os assessores nomeados pelo suplente Vavá da Churrascaria para nomear outras pessoas.
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