Alaíde toma posse em Mauá, se diz fã de Bolsonaro e quer gente experiente ao seu lado

Prefeita em exercício afirmou que mudará secretários em relação ao primeiro governo interino e dispensará aliados de Atila nesta sexta-feira

 

Alaíde Damo toma posse como prefeita e diz que quer pessoas experientes ao seu lado. Foto: Gislayne Jacinto

 

A vice-prefeita e Mauá, Alaíde Damo (MDB), assumiu na tarde desta quinta-feira (27/12) o comando do Paço Mauá. Pela LOM (Lei Orgânica do Município) o cargo só pode ficar vago durante 15 dias. O prefeito Atila Jacomussi está preso desde 13 de dezembro e ainda não conseguiu habeas corpus. Atila foi detido pela PF (Polícia Federal), acusado de participar de uma organização criminosa que arrecadaria dinheiro de empresas contratadas pela Prefeitura para dividir com vereadores. Todos negam.

Alaíde se diz fã do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e deve se espelhar em algumas ações do capitão da reserva para governar interinamente a cidade. “O Bolsonaro é meu ídolo e eu concordo quando ele diz precisa se cercar de pessoas experientes perto dele”, afirmou Alaíde ao admitir falta de experiência política.

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A emedebista adiantou a troca de parte da equipe que governou com ela durante seu primeiro governo interino, cuja duração foi de 120 dias (maio a setembro).

A prefeita interina afirmou que se pudesse teria demitido os aliados de Atila ainda nesta quinta-feira. “Se tivesse gente no RH ,faria isso. A lista é grande”, disse a emedebista que tomou posse por volta das 17h, horário que termina o expediente da Prefeitura. “Não posso ficar com quem vai trabalhar contra mim”, completou.

No entanto, informou que ficará com pelo menos um dos secretários do Atila. Trata-se da Rogério Babichak, que comanda a Pasta de Assuntos Jurídicos. “Não abro mão dele”, disse.

Alaíde evitou comentar a denúncia que envolve 21 dos 23 vereadores, além de um suplente, acusados de receber mensalinho do governo Atila por meio de um esquema que envolveria propina paga por empresas contratadas da Prefeitura.

Deixo a conclusão para a Justiça”, afirmou.

Ao ser questionada se levantará o recesso da Câmara para a votação do impeachment do prefeito, a emedebista disse que não. Para ela, o assunto é de competência da Câmara.

A chefe do Executivo concluiu dizendo que em caso de habeas corpus para o prefeito deixará o cargo sem dificuldades. “Se o Atila sair (da prisão), vou embora. O poder não subiu na minha cabeça”, finalizou.

Demissão

O chefe de Gabinete e Atila, Márcio de Souza, não esperou para ser demitido e entregou a carta de exoneração. Durante o primeiro governo interino, ele foi dispensado do cargo por Alaíde. Outros dois secretários (Saúde, Administração) pediram demissão, além de dois adjuntos (saúde educação) e a secretária do prefeito.

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Gislayne Jacinto

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