Uma cena de agressão e homofobia ganhou repercussão nacional nesta semana, após um homem de 29 anos agredir uma mulher, além dizer palavras racistas e homofóbicas dentro de um ônibus em Santo André. Após o fato, ele foi espancando por vários passageiros, mas o que ninguém imaginava é que Felipe Pinheiro de Lima sofre de esquizofrenia e faz tratamento no CAPS. A família enviou ao ABCD Jornal o laudo médico que comprova a doença.
“Temos laudo de tudo. Quando o Felipe era criança ele caiu do colo, bateu a cabeça e levou 53 pontos. Quase perdemos nosso Felipe, mas tudo foi superado. No entanto, quando ele completou 19 anos passou a ter um comportamento diferente e foi diagnosticado com esquizofrenia e faz tratamento no Caps”, afirmou a tia Maria da Conceição Lima Saez. “Eu ajudei a criar o Felipe e ele sempre foi um menino muito sossegado e inteligente, mas, às vezes, diz que vê monstros perto das pessoas”, completou.
Segundo ela, essa foi a primeira crise de Felipe desde que foi diagnosticado com a doença. A tia informou que o fato ocorreu porque ele parou de tomar os medicamentos. “Tememos pela vida de Felipe depois que tudo aconteceu no ônibus. Queremos que as pessoas entendam que ele não é assim, apenas teve um momento de crise porque parou de tomar os medicamentos. Nossa família não aceita homofobia ou qualquer tipo de ato racista. Nossa família pede desculpas por tudo que aconteceu, com a mulher”, afirmou.
Durante patrulhamento no terminal Vila Luzita, em Santo André, policiais militares intervieram em uma confusão entre Felipe, de 29 anos, e uma mulher de 37 anos, no sábado (07/09). A briga começou dentro de um ônibus da linha 101, após o homem supostamente ter feito ofensas racistas e homofóbicas contra a mulher. A situação rapidamente escalou, resultando em agressões físicas entre os dois, além da participação de outros passageiros que também agrediram o homem.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher relatou que, após ouvir o homem dizer “Cala a boca, sapatona do c…” (sic), ela questionou se a ofensa era direcionada a ela. O homem teria respondido com mais insultos racistas, chamando-a de “macaca nojenta” (sic). Após isso, ela jogou o conteúdo de um copo no homem, iniciando uma luta corporal. Outros passageiros, ao testemunharem o incidente, também passaram a agredi-lo, resultando em uma confusão generalizada dentro do coletivo e no terminal de desembarque.
Na ocasião, o homem ofereceu uma versão diferente à Polícia, alegando que estava sendo chamado de “louco” pelos passageiros e que apenas se defendeu. Ele negou ter utilizado insultos racistas e afirmou ter chamado a mulher de “Baraka”, um personagem de videogame. Ele foi linchado por outros passageiros durante o tumulto.
Ao perceberem a aproximação da viatura, os ocupantes tentaram fugir, dando início a uma perseguição
Decisão sobre concurso publicada no Diário Oficial desta sexta-feira estende para mais dois anos o…
Principal objetivo da mudança é garantir a segurança jurídica da corporação, além da valorização dos…
Entre os destaques do 71º aniversário da cidade está entrega da primeira Clínica Terapêutica de…
No momento da abordagem, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos pelos policiais; com eles,…
Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado com o suspeito, mas a consulta veicular revelou…