Tenho defendido a integração da cultura com a educação há tempos. Não se pode imaginar – nem acreditar – que esses dois grandes agentes de transformação andem separadamente. Mas muitas vezes andam.
Tem sido assim no Reino Unido. A britânica Edge Foundation divulgou este ano um estudo no qual aponta o impacto negativo causado pela marginalização do ensino de artes no país, especialmente em áreas como ciência e medicina, o que acaba por refletir em profissionais com pouco pensamento tático e criatividade.
Existe um panorama diferente nos Estados Unidos. Departamentos de medicina de renomadas universidades norte-americanas – entre elas, a Harvard – incluem as artes na grade curricular, estabelecendo uma conexão entre os estudantes e diferentes expressões culturais para que sejam mais inventivos, além de abranger de maneira humanizada valores como ética e empatia.
Foi com uma mentalidade mais alinhada ao segundo exemplo que foi implantado, sob determinação do Governador Márcio França, através da FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação, o programa Cultura Ensina, promovendo a imprescindível união entre cultura e educação.
Iniciado em agosto de 2018, o programa vem oferecendo em escolas da capital, interior e litoral apresentações de teatro, música, dança, circo, artes visuais e oficinas, de talentos em ascensão e artistas de renome, como a jovem rapper MC Soffia, a companhia circense LaMínima, o Ballet Stagium e a atriz Regina Duarte, entre tantos outros.
O Cultura Ensina vem ainda levando os alunos da rede estadual a uma série de instituições culturais, como Bienal, Pinacoteca, Museu do Futebol, Itaú Cultural, Cineclube Cauim e Museu do Café de Santos, fazendo com que esses jovens se apropriem também desses espaços.
A diversidade de manifestações artísticas é determinante no desenvolvimento do indivíduo, em especial do jovem em formação. Afinal, a cultura ensina aquilo que a educação exige. É oferecendo mais contato com a cultura e possibilitando mais reflexão que teremos no futuro melhores cidadãos, melhores médicos, melhores cientistas, melhores artistas, melhores professores, melhores pessoas.
A semente está plantada. É necessário que mais programas como este surjam em todo o país, e que sejam continuados. É por isso que, antes de deixar a cadeira da presidência da FDE, tomei algumas decisões acerca do Cultura Ensina. Para os próximos doze meses a fundação paulista está garantindo mais de um milhão de quilômetros para que cerca de 750 mil alunos possam continuar visitando instituições e atividades culturais.
Num país com tanta desigualdade, nosso cotidiano de trabalho deve ser transformado num lugar de promoção do futuro. Façamos além dos limites do possível para a sociedade reduzir a vulnerabilidade social, seus conflitos e violência. Façamos mais porque a sociedade precisa de nós.
Luis Sobral, presidente da FDE – Fundação paro o Desenvolvimento da Educação e ex-presidente da Abraosc – Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura
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